Adaptação de antiga primária de Viana a museu de castro milenar começa este ano

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 20 out (Lusa) - A adaptação de uma antiga escola de Viana do Castelo a núcleo museológico de um castro milenar parcialmente destruído há dez anos pela construção da A28 vai começar este ano, disse hoje à Lusa o autarca local.

O município vai investir perto de mais de 148 mil euros na empreitada de recuperação da antiga escola primária das Portelas, na freguesia de Perre, entretanto desativada, e na adaptação às novas funções.

De acordo com o anúncio da adjudicação, por ajuste direto, hoje consultado pela agência Lusa, a empreitada tem um custo estimado de 148.899.92 euros e um prazo de execução de três meses e 28 dias.

Em causa está o Castro do Vieito, uma jazida arqueológica, da Idade do Ferro situada na margem direita do rio Lima, na freguesia de Perre, incluído no Plano Diretor Municipal (PDM) com a respetiva área de proteção.

Os achados arqueológicos que vão integrar o futuro núcleo museológico foram descobertos em 2004 durante as escavações de "emergência" realizadas no povoado castrejo romanizado com cerca de três mil anos.

A intervenção foi despoletada na sequência dos trabalhos de construção do traçado do IC 1 (atual A28) entre Viana do Castelo e Caminha.

As escavações arqueológicas ao povoado, que visavam aferir da sua importância, não implicaram a suspensão da construção daquela obra apesar de estar localizado mesmo no centro do traçado da via rápida.

Em setembro passado à Lusa o autarca de Viana de adiantou que o projeto, da responsabilidade do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciência do Património da Universidade de Coimbra, prevê além da musealização dos achados arqueológicos, o tratamento de conteúdos, a criação de uma base de dados, o lançamento de uma publicação, a articulação com os núcleos museológicos já existentes no concelho, entre outras ações.

Durante a investigação, que decorreu entre junho de 2004 e julho de 2005, dirigida por António José Marques da Silva foram recuperadas cerca de 14 toneladas de cerâmica e mais de 1.000 artefactos.

Na altura o autarca acrescentou que o projeto científico prevê ainda a formalização de uma parceria entre Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Perre, e Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

ABYC // MSP

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