Abertura do futuro Museu da Resistência sofre novo atraso devido a obras

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 20 out (Lusa) -- A abertura do futuro Museu da Resistência e Liberdade, na antiga cadeia do Aljube, em Lisboa, vai sofrer novo atraso devido a obras de alteração do edifício, segundo uma proposta a debater na próxima reunião da Câmara Municipal.

De acordo com a proposta que vai à reunião do executivo na quarta-feira, a que a Lusa teve acesso, em causa estão "trabalhos não previstos no contrato inicial" de reabilitação do edifício, datado de julho de 2013, no valor de 1,2 milhões de euros e com um prazo de execução de um ano.

Assim, vão ser demolidas paredes interiores e vigas interiores em betão armado e desmontadas vigas e uma chaminé, entre outros.

Estas alterações ao projeto inicial têm o valor de 12.084,54 euros.

Inicialmente estava previsto que o museu, apresentado como "um espaço de memória e de evocação da luta pela liberdade e da resistência à ditadura em Portugal", iria abrir portas este ano, mas em janeiro fonte da Câmara de Lisboa já admitia que só seria inaugurado em 2015 devido a problemas processuais.

O edifício foi entregue em 25 de abril de 2009 pelo Ministério da Justiça à Câmara de Lisboa, por iniciativa do então ministro Alberto Costa (PS).

Presume-se que o Aljube tenha sido uma prisão política a partir de 1928. Aí eram encarcerados, interrogados e torturados pela polícia política os presos do sexo masculino.

Nos anos 40 do século passado, o espaço acolheu muitos dos presos políticos durante a fase de interrogatório, que decorria geralmente na sede da polícia política (PIDE), na rua António Maria Cardoso.

O projeto de adaptação da antiga prisão é dos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira e o programa de conteúdos em exposição está a ser coordenado por uma comissão instaladora que convidou várias personalidades, representadas na primeira apresentação do projeto por António Borges Coelho, um ex-detido no Aljube.

Estima-se que a obra de conversão do edifício em museu custe cerca de 1,5 milhões de euros.

MCL (JYF) // JLG

Lusa/fim

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