Trabalhadoras da cozinha de Casa de Saúde de Viseu em greve

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Porto Canal / Agências

Viseu, 20 out (Lusa) -- As trabalhadoras da cozinha da Casa de Saúde de São Mateus, em Viseu, estão hoje em greve, em protesto pela pressão que alegadamente tem sido feita pela administração para trabalharem noutros serviços.

Acompanhadas por dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, as quatro trabalhadoras estiveram durante a manhã na entrada da Casa de Saúde a distribuir panfletos aos utentes com os motivos da sua luta.

"Trabalham aqui há cerca de 40 anos, sempre desempenharam da melhor forma as suas funções e veem-se hoje condicionadas por uma série de comportamentos da parte da administração, que quer, numa tentativa forçada, que elas desenvolvam outro tipo de tarefas que não estão afetadas ou diretamente ligadas ao serviço da cozinha", explicou aos jornalistas o dirigente sindical Afonso Figueiredo.

Segundo o sindicalista, é pedido às trabalhadoras da cozinha que façam limpeza nos vários andares do edifício e que auxiliem os enfermeiros no tratamento dos doentes, o que elas têm recusado.

"Enquanto têm trabalho na secção delas não estão disponíveis para desempenhar outras funções", frisou.

Afonso Figueiredo contou que, atendendo à postura das trabalhadoras, "a Casa de Saúde já vai na segunda nota de culpa, no segundo processo disciplinar com intenção de as suspender com perda de remuneração e de vencimento".

"A primeira sanção foi por 20 dias. As trabalhadoras foram agora confrontadas com um segundo processo disciplinar, com a intenção de as suspender durante 30 dias com perda de remuneração e antiguidade", acrescentou.

O sindicato já deu início a uma ação judicial para reclamar o pagamento dos 20 dias relativos à primeira sanção.

Também a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) foi contactada, inicialmente pelas trabalhadoras e posteriormente pelo sindicato.

"O sindicato já mandou vários ofícios para a ACT manifestando a necessidade de eles intervirem tendo em conta que as trabalhadoras estão condicionadas e a atravessar uma fase difícil. Mas, deste março até agora, ainda não interveio", lamentou o dirigente sindical.

Contactada pelos jornalistas, fonte da administração da Casa de Saúde informou não ter nada a declarar sobre este assunto.

Afonso Figueiredo garantiu que estas quatro trabalhadoras "têm o tempo todo ocupado com trabalho (na cozinha) e não há necessidade noutros serviços de as estarem a chamar, porque têm trabalhadores para desempenhar essas funções".

O dirigente sindical disse temer que esta seja "uma tentativa de pressão para que elas se venham a despedir efetivamente, sem terem direito a indemnização ou a qualquer tipo de compensação", uma vez que já trabalham na Casa de Saúde há cerca de 40 anos e estão perto da idade da reforma.

AMF // SSS

Lusa/fim

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