Lisboa, 18 jul (Lusa) -- Os juros da dívida soberana de Portugal estavam hoje a descer a dois, cinco e dez anos em relação a quarta-feira e em níveis inferiores aos máximos de sexta-feira.

Às 08:25, os juros a dez anos estavam a ser negociados a 7,192%, depois de terem fechado a 7,212% na quarta-feira e a 7,508% na sexta-feira, um máximo desde novembro de 2012.

No prazo de cinco anos, os juros estavam nos 6,802%, abaixo dos 6,839% de quarta-feira e dos 7,324% de sexta-feira, um máximo desde novembro de 2012.

Os juros da dívida a dois anos também estavam descer, a transacionar-se nos 5,238%, depois de terem fechado a 5,357% na véspera e a 5,775% na sexta-feira, um máximo desde novembro de 2012.

Depois dos máximos de sexta-feira, os juros da dívida soberana de Portugal em todos os prazos têm fechado em baixa, à espera de uma solução para a crise política.

Os três partidos, PSD, CDS-PP e PS, reunidos pela primeira vez no domingo, continuam hoje a negociar, com um prazo de uma semana, para tentar chegar a um "compromisso de salvação nacional" para apresentar ao Presidente da República.

A 10 de julho, o Presidente da República propôs, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e eleições antecipadas a partir de junho de 2014.

Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 02 de julho.

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