Associação de Barcelos pede que se siga "bom exemplo" grego no IVA da restauração
Porto Canal / Agências
Braga, 17 jul (Lusa) - A Associação Comercial e Industrial de Barcelos avisou que estão "em risco" 22 mil postos de trabalho na restauração se o IVA no setor se mantiver nos 23% e propôs que Portugal "siga o bom exemplo" da Grécia.
Em declarações, hoje, à agência Lusa, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB), João Albuquerque, apontou a "possibilidade forte" de 30% dos cafés e restaurantes da região encerrarem até finais de 2013, o que terá uma "fortíssimo impacto" na economia regional e "custos sociais elevados".
O primeiro-ministro grego anunciou hoje a descida do IVA na restauração de 23 para 13% a partir de 01 de agosto.
Se o IVA continuar nos 23% a ACIB estima que "encerrem dois mil estabelecimentos só na região do Vale do Cávado".
O fecho destes dois mil estabelecimentos, cafés, snack-bares e restaurantes, avisou o responsável, põe em risco "cerca de 22 mil postos de trabalho".
Para Albuquerque, "estão em causa implicações na economia regional e implicações sociais, como o aumento do desemprego, diminuição de receitas fiscais e custos para o desenvolvimento regional" uma vez que, como disse, "muitos destes estabelecimentos situam-se em pequenas localidades".
O responsável apontou a Grécia como o "exemplo a seguir" no que concerne ao IVA na restauração.
"O Governo português devia seguir o bom exemplo da Grécia, que reduziu a taxa de IVA, demonstrando assim uma atitude inteligente que Portugal também precisa", apontou o responsável.
Por isso, adiantou, "a ACIB enviou hoje mesmo a todos os deputados da Assembleia da República uma carta" com o apelo claro para que "rapidamente se tome a medida" de descer o IVA na restauração em Portugal para os 13%.
"Sabemos que tal é possível, e que apenas será uma realidade se todos os senhores deputados se empenharem na questão e transmitirem ao Governo a urgência de tal decisão", justificou.
Até porque, frisou, "esta situação do IVA a 23% na Restauração já destruiu 75.000 postos de trabalho e provocou a total estagnação do investimento neste setor".
As atuais 6.447 empresas de restauração do distrito de Braga representam um volume de negócios anual de 420,6 milhões de euros.
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