Furto de metais não preciosos está a diminuir, mas está mais especializado

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 15 out (Lusa) -- O furto de metais não preciosos, entre os quais o cobre, está a diminuir em Portugal e na Europa, mas está a tornar-se num crime mais especializado, disse hoje o tenente-general Rui Moura, do comando-geral da GNR.

"Há uma tendência cada vez maior para esse tipo de crime ser um pouco mais especializado", afirmou à agência Lusa Rui Moura, por ocasião do congresso internacional sobre o combate ao furto de metais não preciosos, evento que a GNR, em colaboração com a Associação para a Promoção da Segurança de Ativos Técnicos (PSAT), organiza em Lisboa.

Rui Moura adiantou que o furto de metais não preciosos está diminuir em Portugal e na Europa, apesar de "ainda manter níveis considerados de risco elevado" devido à sua especialização, o que preocupa as autoridades da União Europeia porque "tem impactos muito grandes e consequências graves", nomeadamente ao nível dos transportes, distribuição de energia e telecomunicações.

O graduado da GNR sublinhou que o crime de oportunidade ligado ao furto de metais não preciosos "reduziu significativamente" porque as alterações legislativas de 2012 permitiram "um maior controlo" e impediram as sucateiras de venderam metais com valor superior a 50 euros sem qualquer registo.

Porém, frisou que é ainda necessário perceber o que está acontecer atualmente ao material furtado e quais as ligações ao crime organizado.

"Há falhas de conhecimentos ao nível da UE sobre o que está acontecer, para onde vai este metal. Se ele está a ser furtado e não está a entrar nas operadoras de resíduos, está a ir para onde, de que forma e de que meio? Que tipo de criminalidade está associada? Crime económico, fuga ao IVA? São passos que ainda têm que ser conduzidos quer ao nível europeu, quer em Portugal, para combater este flagelo", disse.

Como exemplo, referiu que a lei portuguesa impede uma venda nas sucateiras acima dos 50 euros, mas este limite mínimo é de 2.500 euros em Espanha, incentivando "o crime transfronteiriço".

"Existe e continua a existir furto de metal, há garantidamente metal que está a ser transacionado intrafronteiras", sustentou.

De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), no primeiro semestre do ano foram registados 3.813 crimes classificados como furto de metais não preciosos, representando menos 2.798 crimes em relação ao primeiro semestre de 2013, quando se verificaram 6.611.

Nos primeiros seis meses do ano, a GNR identificou 337 pessoas suspeitas da prática de furto de metais não preciosos, tendo detido 123 pela prática do mesmo crime, enquanto no primeiro semestre de 2013, tinham sido detidos 305.

Santarém (595), Setúbal (465), Aveiro (445) e Porto (347) foram os distritos onde a GNR registou o maior número de furtos de metais não preciosos, no primeiro semestre do ano.

Segundo a GNR, o cobre continua a ser o metal não precioso mais furtado, tendo-se registado, nos primeiros seis meses do ano, 2.959 furtos de cobre, seguindo-se o ferro (668) e o alumínio (343).

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