Ministro defende mais fiscalização nos portos para evitar saída de metais furtados

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 15 out (Lusa) -- O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, defendeu hoje "uma fiscalização mais intensiva" nos portos marítimos para evitar a saída de metais não preciosos furtados, admitindo que os mecanismos atuais "não são ainda adequados".

"Temos de reforçar mecanismos de fiscalização em relação ao escoamento destes produtos [metais não preciosos], que se processa através dos portos e através do transporte marítimo. Isto significa aprimorar alguns mecanismos que temos neste momento, mas que eu suspeito não são ainda adequados a fazer uma efetiva fiscalização neste concreto domínio", disse Miguel Macedo.

O ministro participou hoje na sessão de abertura de um congresso internacional sobre o combate ao furto de metais não precisos, evento que a GNR, em colaboração com a Associação para a Promoção da Segurança de Ativos Técnicos (PSAT), organiza em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Miguel Macedo adiantou que o Ministério da Administração Interna (MAI) está a trabalhar neste momento com a GNR para "identificar eventualmente alguma alteração de procedimentos que permita, nesse domínio, fazer uma fiscalização mais intensiva de algum tipo deste comércio resultante do furto de metais não preciosos".

Na sua intervenção, o ministro chamou também a atenção para novos tipos de crimes relacionados com o furto de metais não preciosos que estão a surgir nos Estados Unidos e que ainda não apareceram na Europa, crimes a que as forças de segurança e as entidades fiscalizadora devem estar atentas para tentar antecipar e prevenir.

Como exemplo, referiu que é "hoje motivo de forte preocupação, em alguns territórios dos Estados Unidos", o crime que passa por subtrair de veículos alguns dos seus componentes, que têm metais de valor muito acrescido.

O ministro da Administração Interna destacou ainda o conjunto de alterações introduzidas em 2012 e que tem "dado globalmente bons resultados" no combate a este tipo de crime.

O furto de metais não preciosos, como é o caso do cobre, diminuiu 42,3 por cento no primeiro semestre do ano face ao mesmo período de 2013, tendo a GNR registado 3.813 crimes nos primeiros seis meses do ano, indicam dados da corporação.

De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), no primeiro semestre do ano foram registados 3.813 crimes classificados como furto de metais não preciosos, representando menos 2.798 crimes em relação ao primeiro semestre de 2013, quando se verificaram 6.611.

Nos primeiros seis meses do ano, a GNR identificou 337 pessoas suspeitas da prática de furto de metais não preciosos, tendo detido 123 pela prática do mesmo crime, enquanto no primeiro semestre de 2013, tinham sido detidos 305.

Os distritos onde a GNR registou o maior número de furtos de metais não preciosos, no primeiro semestre do ano, foram Santarém (595), Setúbal (465), Aveiro (445) e Porto (347).

Segundo a GNR, o cobre continua a ser o metal não precioso mais furtado, tendo-se registado, nos primeiros seis meses do ano, 2.959 furtos de cobre, seguindo-se o ferro (668) e o alumínio (343).

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