DocLisboa começa na quinta-feira e quer confrontar espetadores com a História

| País
Porto Canal / Agências

Lisboa, 15 out (Lusa) - O DocLisboa, o maior festival português dedicado ao documentário, começa na quinta-feira mostrando uma programação de 250 filmes, que pretende colocar o espetador perante a História, em muitos casos, de acontecimentos recentes.

O festival, que vai na 12.ª edição, começa com uma dupla abertura: na Culturgest, antestreia "Praça" ("Maidan"), de Sergei Loznitsa, sobre os protestos no ano passado em Kiev, Ucrânia, e, no Cinema São Jorge, passa "Ai Wei Wei Apppeal 15,220,910.50", do ativista e artista plástico chinês.

Até ao dia 26, o DocLisboa propõe 40 estreias mundiais e internacionais, como "Father and sons", de Wang Bing, e vários ciclos temáticos, como a retrospetiva da obra do realizador holandês Johan Van Der Keuken e o programa "neo-realismo e novos realismos", com obras de Luchino Visconti, Nelson Pereira dos Santos, Dino Risi, Vittorio di Sica, Pedro Costa ou Michelangelo Antonioni.

Do documentário como testemunho de momentos históricos, o DocLisboa exibirá, por exemplo, "German concentration camps factual survey", filme sobre a libertação dos campos de concentração nazis, que foi recentemente restaurado pelo Imperial War Museum, do Reino Unido, assim como "Night will fall", de André Singer, sobre o mesmo tema.

Destacam-se ainda a curta-metragem "Après les combats de Bois-le-Prêtre" (1915), sobre a primeira guerra mundial, o filme "The Wall" ("O muro"), sobre a Alemanha, e "Socialism", de Peter von Bagh, recentemente falecido.

Há ainda registos de protestos, um pouco por todo o mundo, reunidos na sessão "Fuck the system", no dia 23, e que inclui curtos filmes feitos em Hong Kong, mas também no Chile, no Brasil, em Espanha e em Lisboa, com a curta "Todos os Rios vão dar ao Carmo".

Entre os filmes portugueses selecionados estão "Volta à terra", de João Pedro Plácido, rodado na aldeia transmonstana Uz, "Pára-me de repente o pensamento", de Jorge Pelicano, e "João Bénard da Costa - outros amarão o que eu amei", de Manuel Mozos, todos em competição, assim como "Triângulo dourado", de Miguel Clara Vasconcelos.

A secção "Heartbeat", sobre música e artes de cena, incluirá "Fado Camané", de Bruno de Almeida, "BAAL", de Volker Schlöndorff, "Pulp: Um filme sobre vida, morte e supermercados", de Florian Habicht, "Die Generalprobe" ("O ensaio geral", em tradução literal), de Werner Schroeter, sobre Pina Bausch, e "Heaven adores you", de Nickolas Rossi, sobre o músico Elliott Smith.

Toda a programação, incluindo as secções competitivas, vai estar disponível em www.doclisboa.org.

SS // MAG

Lusa/Fim

+ notícias: País

Salário mínimo, direito a férias e à greve são conquistas da Revolução dos Cravos

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

“Noite Milagrosa”. Como a imprensa estrangeira intitula a Revolução dos Cravos?

O aniversário dos 50 anos do 25 de abril de 1974 também ganha força na imprensa internacional.

Parlamento aprova voto de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz 

A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz, aos 53 anos, recordando-o como uma das vozes “mais distintas e corajosas” da comunicação social.