Reduzida caução do Bom Sucesso e alargada concessão do Ferreira Borges no Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 16 jul (Lusa) - A Assembleia Municipal do Porto aprovou a redução da caução prestada pela empresa que explora o Mercado do Bom Sucesso e a extensão por mais três anos da concessão do Mercado Ferreira Borges à sociedade Hard Club.

A sociedade que remodelou e gere o Bom Sucesso, Mercado Urbano, teve de prestar uma garantia bancária de quase um milhão de euros, correspondendo a dez por cento do montante global do investimento a realizar.

A proposta que os deputados municipais aprovaram, segunda-feira à noite, reduz a caução em 30%.

"A Mercado Urbano requereu a redução da garantia bancária a favor do município antes do prazo contratual, atentos os elevados custos bancários que mesma comporta e porque o objetivo principal que esta visa salvaguardar, o investimento, se encontrar já por si assegurado, visto que as obras já estão concluídas", lê-se na proposta.

O executivo salienta que o investimento realizado no Bom Sucesso ultrapassou o montante previsto, tendo atingido cerca de 12 milhões de euros, o que "valorizou o património municipal".

Estes argumentos, porém, não convenceram o Bloco de Esquerda, que perguntou se é "justo" favorecer assim um investidor privado.

"E os outros promotores privados desta cidade que também tiveram de apresentar cauções?", exemplificou o deputado bloquista José Castro.

A proposta passou com os votos favoráveis da coligação PSD-CDS/PP e a abstenção do PS, tendo a CDU e o BE votado contra.

Igual votação teve a proposta seguinte, pela qual à sociedade Hard Club tem agora mais três anos para explorar o Mercado Ferreira Borges.

A concessão foi assim alargada até 02 de abril de 2029, "em virtude do volume de investimento ter sido substancialmente superior ao inicialmente previsto" e também da "quebra da atividade económica" desenvolvida naquele espaço, onde ocorrem, nomeadamente, eventos musicais.

A Hard Club alega ainda que o negócio ressentiu-se ainda das obras que em curso na vizinha Rua de Mouzinho da Silveira e imediações.

A CDU e o BE também votaram contra esta proposta, que no entanto foi aprovada com os votos do PSD, do CDS e do PS.

"Quanto mais depressa o Mercado Ferreira Borges voltar à Câmara melhor, logo estamos contra a extensão do prazo", disse a deputada da CDU Marta Pereira, resumindo a posição do seu partido, o qual defende que cabe à autarquia gerir os equipamentos municipais, não os entregando portanto a privados.

AYM // FV.

Lusa/fim

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