Oposição venezuelana acusa Executivo de usar homicídio de deputado para repressão política

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Porto Canal / Agências

Caracas, 07 out (Lusa) - Mais de duas dezenas de deputados da oposição acusam o Governo venezuelano de usar o homicídio recente do deputado socialista Robert Serra e da sua assistente Maria Herrera, para promover a repressão política e provocar confrontos no país.

"Um crime desta magnitude tem de ser investigado sem nenhum enviesamento político e não pode ser usado para conseguir um estado de confrontação entre os venezuelanos. Fazemos um apelo para que sejam observados os níveis de insegurança que levam à sepultura milhares de cidadãos e enlutam milhares de lares", referiram.

A oposição acusa o Governo de "politizar" o assassinato para estimular o "ódio político" e criar uma "onda de repressão contra os líderes da alternativa democrática venezuelana", ao mesmo tempo que exige que continuem as investigações até que "os verdadeiros assassinos sejam castigados com todo o peso da lei".

Por outro lado, questionam o pedido de um grupo de parlamentares afetos ao Governo dirigido ao Ministério Público para que seja aberta uma investigação pelo alegado envolvimento nos homicídios do deputado Carlos Berrizbetia, da oposição, por ter afirmado durante um debate parlamentar que o Governo venezuelano tinha os dias contados.

O corpo de Robert Serra (27 anos), deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e da sua assistente Maria Herrera foram encontrados na noite da última quarta-feira na sua residência em Caracas.

Segundo o ministro venezuelano de Interior e Justiça, Miguel Rodríguez Torres, existem indícios de que os assassinatos obedeceram "a uma macabra encomenda".

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os setores "contrarrevolucionários" e da direita venezuelana da responsabilidade dos homicídios, juntando ainda suspeitas sobre paramilitares apoiados pelo ex-Presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que já condenou as declarações de Maduro.

Segundo Nicolás Maduro "um crime como este é grave para o presente e o futuro político do país".

FPG // JCS

Lusa/fim

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