BES deixa de pertencer à APB e dá lugar ao Novo Banco

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 03 out (Lusa) - O Banco Espírito Santo (BES) deixou de pertencer à Associação Portuguesa de Bancos (APB), numa decisão tomada na quinta-feira pela entidade que representa o setor numa reunião em que admitiu a entrada, ainda por formalizar, do Novo Banco.

A APB realçou em comunicado que a exclusão do BES se deve a "ter ficado proibido de receber depósitos e conceder crédito, não estando por isso habilitado a desempenhar o essencial que caracteriza a atividade bancária", isto, apesar de "manter a licença bancária".

Ainda assim, os associados da APB, reunidos em assembleia-geral, "consideraram também que esta situação poderá vir a sofrer evoluções em função do que vier a ser decidido pelas autoridades competentes para o efeito".

Por outro lado, a entidade liderada por Fernando Faria de Oliveira deu conta da decisão de admitir o Novo Banco como associado da APB, algo que ainda terá que ser formalizado.

Em virtude da saída do BES, o presidente do Banco BIG, Carlos Rodrigues, foi eleito como novo membro da direção até ao final do mandato atual (que finda em 2014).

Já para o Conselho de Disciplina da APB foram eleitos, como presidente, Álvaro Nascimento (presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos), como presidente substituto, Bernardo Meirelles do Outo (diretor geral do Deutsche Bank), e como vogal, Maria Cândida Rocha e Silva (presidente do Banco Carregosa).

No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.

No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.

DN // ATR

Lusa/fim

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