Sindicato das cutelarias quer salário mínino de 600 euros no sector

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Porto Canal / Agências

Guimarães, 03 out (Lusa) - O sindicato dos trabalhadores das cutelarias exigiu hoje o aumento do salário mínimo no setor para os 600 euros mensais e disse "não" ao "roubo" de direitos laborais e à discriminação salarial entre homens e mulheres.

Reunidos num plenário nas Taipas, Guimarães, integrado na quinzena de ações de reivindicação e informação promovida pela GGTP-IN, trabalhadores e Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras Energia e Atividades do Ambiente do Norte aprovaram uma resolução para "denunciar" as "más condições de trabalho e a exploração" no setor das cutelarias.

Para hoje estava também marcada uma concentração de trabalhadores da Amtrol alfa Metalomecânica, SA, de Guimarães, onde decorrem negociações entre operários e administração, mas foi cancelada "em sinal de boa-fé", esclareceu à Lusa o presidente da União de Sindicatos de Braga, Joaquim Daniel.

"O Governo está a fazer um roubo do direito à assistência inadiável à família. Um roubo do valor do trabalho extraordinário. Um roubo dos feriados. São contratos cada vez mais precários. É um roubo a não-progressão de carreiras", acusou o dirigente sindical Luís Pinto.

Na referida resolução, os trabalhadores da cutelaria exigem "a fixação de um salário mínimo em todas as empresas num valor de 600 euros, contrato de trabalho efetivo para os trabalhadores com vínculo precário, não à discriminação salarial entre homens e mulheres" e ainda "25 dias uteis de férias efetivos em 2015".

O sindicalista criticou ainda o Governo pela intenção de aumentar o preço da água no Litoral e diminuir no Interior.

"É um rebuçado para aqueles que ficaram sem escolas, tribunais, sem hospitais", considerou.

Quanto à questão da Amtrol alfa, cujos trabalhadores exigem aumento salarial na ordem do 1 euro por dia, diferenciação de tratamento entre trabalhadores e por questões relacionadas com segurança e higiene no trabalho, Joaquim Daniel explicou que houve "avanços" nas negociações.

"A administração está a atender às reivindicações do caderno de encargos dos trabalhadores. Até ao final do ano contamos ter este processo concluído. Entretanto a ação de hoje foi cancelada em sinal de boa-fé mas voltaremos à luta caso o processo não desenvolva", avisou.

JYCR // JGJ

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