Alunos de Música do Piaget de Viseu contestam eventual encerramento do curso
Porto Canal / Agências
Viseu, 03 out (Lusa) -- Alunos da licenciatura de Música do Instituto Piaget de Viseu acusaram hoje a direção da instituição de encerrar o curso "sem aviso prévio", impossibilitando-os de encontrarem atempadamente uma solução para continuarem o seu percurso académico.
A agência Lusa tentou, mas em vão, obter um comentário da presidente do Campus Universitário de Viseu do Instituto Piaget, Françoise Cruz.
Os alunos, que optaram por não ser identificados, mostraram-se chocados com a atitude do Instituto Piaget, que apenas no dia 19 de setembro os informou da "descontinuidade do curso".
"Descontinuidade é o termo legal, que em linguagem mais simples significa o encerramento, já este ano, do curso", lamentam.
No passado ano letivo, o curso tinha 14 alunos que agora iriam frequentar o segundo e terceiro anos.
"A comunicação do encerramento do curso de Música do Instituto Piaget de Viseu apenas na segunda metade deste mês cortou irremediavelmente aos alunos o percurso académico", impossibilitando "a obtenção efetiva de soluções", criticam.
Segundo os alunos, àqueles que se encontravam matriculados no terceiro ano "foi-lhes indicada a possibilidade de concluírem o ano no Piaget, em Almada".
"Já depois da comunicação da descontinuidade e devido a diligências promovidas por uma mãe de uma aluna, depois assumidas pelo Piaget, este realizou contactos com a Universidade de Aveiro no sentido de potenciar que alguns alunos possam lá obter vaga", referem.
No que respeita aos alunos ouvintes, que estão inscritos em unidades curriculares e pagaram propina igual aos restantes alunos, "não foi prevista pela escola qualquer solução", acrescentam.
Os alunos não entendem o porquê do encerramento do curso, uma vez que este ano "prestaram provas de pré-requisitos vários alunos", tendo dez deles "obtido resultados positivos e manifestado interesse em matricular-se".
"Em anos anteriores, nunca se atingiu tal número de alunos para o primeiro ano", garantem, acrescentando que "neste curso, ao contrário de outros, não há dívidas de propinas".
Neste âmbito, os alunos exigem que o curso continue a funcionar em Viseu "pelo menos" até que o consigam concluir.
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