Presidente da PSA diz que fábricas francesas têm trabalho garantido para próximos "seis a sete anos"

| Economia
Porto Canal / Agências

Paris, 02 out (Lusa) -- O presidente executivo do grupo PSA Peugeot Citroën, Carlos Tavares, disse hoje à Lusa que as fábricas francesas têm trabalho para os próximos "seis a sete anos" ao garantir que cada uma já sabe qual será o próximo automóvel que vai produzir.

"Já cumprimos uma parte muito importante desse acordo [Back in The Race] que era dar a cada uma das nossas fábricas uma visibilidade sobre o que seria o próximo automóvel a fabricar nessas fábricas, o que representa para cada uma delas uma visibilidade de seis a sete anos de atividade", declarou o gestor.

As declarações foram feitas durante as jornadas dedicadas à imprensa do "Mondial de l'Automobile" (Salão do Automóvel), em que Carlos Tavares participa pela primeira vez como presidente executivo da PSA. O evento começa este sábado na Porta de Versalhes, em Paris, e prolonga-se até 19 de outubro.

O engenheiro português de 56 anos, sublinhou ainda, que já está decidido qual "o plano de melhoria da capacidade industrial de cada fábrica para que a sua eficiência como entidade de produção seja aumentada", destacando que "o nível de emprego é sempre consequência da qualidade do trabalho".

Carlos Tavares deu como exemplo o lançamento do Peugeot 308 que "mereceu o prémio de carro do ano de 2014", uma distinção graças à qual "o nível de encomendas para esse automóvel aumentou brutalmente", levando a PSA a "aumentar a capacidade de produção da fábrica de Sochaux" e a contratar "novos empregados".

Carlos Tavares é presidente executivo do grupo automóvel desde 1 de abril deste ano, depois de ter deixado a Renault, onde era o número 2.

A sua chegada a um grupo concorrente da antiga empresa ocorreu num contexto difícil, depois da PSA Peugeot Citroën ter levado a cabo, em 2012, um vasto plano de reestruturação das suas atividades em França e na Europa.

Em França, foi anunciada a supressão de mais de 11200 postos de trabalho entre maio de 2012 e maio deste ano e o encerramento da fábrica de Aulnay-sous-Bois com 3.000 trabalhadores, incluindo cerca de 300 lusodescendentes.

O fabricante francês levou a cabo, este ano, um aumento de capital que elevou para três o número de acionistas de referência, a família Peugeot, o Estado francês e o grupo chinês Dongfeng, cada um com 14,1% das ações do grupo.

Em julho, a Peugeot Citroën e o seu sócio chinês Dongfeng anunciaram que vão construir uma quarta fábrica na China para aumentar a capacidade de produção nesse país dos atuais 750 mil veículos para um milhão em 2016, altura em que a nova unidade deverá colocar veículos no Mercado.

CAYB/EO// ATR

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