Viseu, 01 out (Lusa) -- Uma programação capaz de agradar a todas as idades e que integra momentos de música, poesia, teatro, dança e fotografia, é o que promete a terceira edição do festival Outono Quente, que arrancou hoje em Viseu.

Organizado pela associação cultural Zunzum, o festival prolonga-se até domingo, com espetáculos no Parque Aquilino Ribeiro e também em algumas instituições da cidade.

"O Outono Quente não é mais do que o reflexo daquilo que a Zunzum tenta ser ao longo do ano. A programação tenta refletir isso", afirmou hoje à tarde, em conferência de imprensa, o programador do festival, André Cardoso.

O responsável afirmou que a tenda instalada no Parque Aquilino Ribeiro é a "nave central" do festival, mas não foram esquecidos aqueles que não se podem deslocar até ela.

O espetáculo de teatro "Os Silva" será levado até aos doentes do hospital e aos reclusos do estabelecimento prisional, enquanto os idosos do Centro Social da Paróquia de Torredeita vão poder ouvir as histórias de "No fundo do baú".

"A programação tenta abranger sempre todas as idades, desde os mais novos aos mais velhos" e "aquecer culturalmente" vários espaços, frisou André Cardoso.

Na tenda, hoje à noite, atua o comediante Leo Bassi (Itália), conhecido por "performances" teatrais extravagantes. Na quinta-feira, o francês Aurélien Claranbaux e a sua concertina apresentam um repertório de músicas de danças tradicionais europeias.

André Cardoso destacou também a presença, na sexta-feira, do palhaço Murmuyo (Chile), que, além do espetáculo, vai orientar uma oficina de "arte de mimar".

"Tentamos sempre que [os artistas] deixem cá alguma coisa do que fazem", afirmou.

Segundo André Cardoso, a programação do fim de semana foi feita a pensar na família, com "bailes para a infância, música para bebés, uma série de atividades a desfrutar em família".

O responsável sublinhou que, graças às parcerias com associações culturais de outras cidades, foi possível ter "uma programação muito interessante e intensa".

O presidente da Câmara, Almeida Henriques, considerou que o festival Outono Quente é "mais uma das marcas da programação cultural de Viseu", que começa a ser conhecida como "uma cidade que aposta na cultura", não só ao nível da fruição, mas também da produção.

AMF // MAG

Lusa/Fim