Dragagem do porto de pesca da Póvoa de Varzim arranca na próxima semana

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Porto Canal / Agências

Póvoa de Varzim, 30 set (Lusa) - A empreitada de dragagem da barra do porto de Pesca da Póvoa de Varzim, que foi hoje consignada, terá um custo aproximado de 750 mil euros.

Caso as condições meteorológicas se mantenham estáveis, a intervenção arranca no início da próxima semana, para que esteja concluída após 75 dias de trabalho.

A operação contempla a extração de 150 mil metros cúbicos de inertes do leito do mar, na zona da barra e no canal de acesso ao porto poveiro, informaram José Augusto Canelas, em representação da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, e o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira.

Com este final passo administrativo, fica para trás um processo burocrático que se arrastava há praticamente um ano, e que condicionava as condições de acessibilidade e segurança dos pescadores ao porto de pesca da Póvoa de Varzim.

"No ano passado não houve verbas e o concurso feito este ano demorou a ficar decidido porque houve reclamações. Só agora houve disponibilidade, porque o dinheiro era pouco", partilhou José Augusto Canelas

O representante da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos abordou ainda o facto de esta intervenção contemplar a extração de 150 mil metros cúbicos de inertes, quando as indicações dos pescadores locais apontavam que a resolução do problema do assoreamento só ficaria resolvida com a retirada de 400 mil metros cúbicos.

"Quatrocentos mil metros cúbicos representavam uma intervenção na barra, em todo o porto de pesca e ainda no setor de recreio [marina]. As verbas do Orçamento do Estado não davam para isso. Faremos uma intervenção em todos os anos que se justificar", explicou José Augusto Canelas.

Para o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, que ainda recentemente afirmou ter contactado com o primeiro-ministro para lhe dar conta da urgência desta intervenção, a consignação dos trabalhos é já um passo positivo.

"Preferi que obra fosse agora adjudicada do que passasse mais um ano sem se fazer nada. Pelo menos o equipamento já cá está, e os trabalhos, com a ajuda do bom tempo, vão começar para se começar a repor a navegabilidade do porto", afirmou o autarca Aires Pereira.

Sobre o volume de dragagem protocolado, o presidente da Câmara, admitiu que "é a possível para garantir as condições de acessibilidade ao porto. Todos sabemos que durante muitos anos o Porto esteve abandonado. Temos que continuar o nosso processo reivindicativo para que o Porto não volte a atingir os níveis de assoreamento que hoje tem na entrada da barra".

Grande parte da areia retirada do fundo do mar através desta operação será, e de acordo com a lei, recolocada a duas milhas da costa, para através do movimento naturais das correntes marés possam recarregar as praias.

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