Mexicanos da Ángeles desistem da operação sobre a Espírito Santo Saúde

Mexicanos da Ángeles desistem da operação sobre a Espírito Santo Saúde
| Economia
Porto Canal

O grupo mexicano Ángeles confirmou hoje que deixou cair a Oferta Pública de Aquisição (OPA) que tinha lançado sobre a Espírito Santo Saúde (ESS).

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Ángeles adianta que decidiu "revogar a oferta pública geral e voluntária de aquisição de ações representativas do capital social da Espírito Santo Saúde, SGPS, S.A. anunciada preliminarmente no dia 19 de agosto de 2014 e lançada no dia 19 de setembro de 2014".

O grupo mexicano explica que a retirada da oferta "tem como fundamentos o lançamento pela Fidelidade -- Companhia de Seguros, S.A. no dia 26 de setembro de 2014 de uma oferta concorrente a um preço de 4,82 euros por ação e a decisão tomada hoje" pela Ángeles de não rever a contrapartida da sua oferta.

O grupo agradece a "todos os envolvidos na oferta" e às autoridades portuguesas, em particular, o Ministério da Saúde, o Ministério das Finanças e CMVM "pelo profissionalismo e empenho demonstrado e ainda aos membros do Conselho de Administração da Espírito Santo Saúde pela análise imparcial e profissional que fizeram dos termos e condições da oferta".

A Ángeles tinha apresentado uma contrapartida de 4,50 euros por ação, que foi considerada "aceitável" pela administração da ESS na semana passada. Contudo, este valor foi, entretanto, superado pela oferta concorrente da seguradora Fidelidade (4,82 euros).

Na sexta-feira, o Grupo Mello fez saber que mantém o pedido de registo da OPA sobre a ES Saúde, aguardando uma resposta da CMVM, que já respondeu que só avançará com o registo caso a empresa prescinda da autorização da Autoridade da Concorrência (AdC).

Isto, depois de na véspera (quinta-feira) Salvador de Mello, líder da José de Mello Saúde, ter anunciado publicamente que "se viu obrigado" a retirar a OPA sobre a ESS, na qual oferecia uma contrapartida de 4,40 euros, "perante as condições impostas pela CMVM", relacionadas, sobretudo, com a questão ligada ao tempo necessário para obter uma decisão da AdC sobre o negócio.

Por sua vez, a United Healthcare Group, dona da brasileira Amil, que comprou o negócio da saúde à Caixa Geral de Depósitos, pretende adquirir a participação de 51% detida pela Espírito Santo Health Care Investiments (controlada pela 'holding' Rioforte) no capital social da ES Saúde por aquisição particular, fora de bolsa.

A ES Saúde é detida maioritariamente pela Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES), e é dona, entre outros ativos, do Hospital da Luz, em Lisboa, e gere, em regime de Parceria Público-Privada, o Hospital de Loures.

No final de maio, a ES Saúde anunciou que o seu lucro quase duplicou em termos homólogos no primeiro trimestre do ano, para 4,6 milhões de euros.

Depois de vários dias consecutivos a testar novos máximos, as ações da ESS fecharam a sessão de hoje a cair 0,53% para 4,89 euros, com quase 217 mil papéis a mudarem de mãos.

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