FMI defende investimento público em infraestruturas

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 30 set (Lusa) -- O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende, num capítulo do 'World Economic Outlook' divulgado hoje, que um aumento do investimento público em infraestruturas pode ajudar a impulsionar a atividade económica e a criar empregos, sem aumentar a dívida.

Num capítulo analítico do 'World Economic Outlook' divulgado hoje, o FMI afirma que "um maior investimento público em infraestruturas pode ajudar a impulsionar a atividade económica e a criar empregos".

O estudo da instituição liderada por Christine Lagarde demonstra que "um aumento do investimento público em infraestruturas aumenta a produção no curto prazo, ao impulsionar a procura, e no longo prazo, ao desenvolver a capacidade produtiva da economia".

No caso das economias avançadas, o Fundo indica que "um aumento de um ponto percentual no PIB em despesas de investimento em infraestruturas aumenta o nível de produção em 0,4% no mesmo ano e em 1,5% quatro anos depois".

Além disso, "o crescimento no PIB que um país ganha através do aumento do investimento público em infraestruturas compensa o aumento da dívida", conclui o FMI: "Noutras palavras, o investimento público pagar-se-ia a si próprio se feito de forma correta".

Para o fundo, os ganhos do investimento dependem do grau de 'folga' económica, da eficiência do próprio investimento e da forma como é financiado. Segundo o estudo, dados sobre os países com economias avançadas "sugerem que o investimento público que é financiado através de emissão de dívida tem efeitos produtivos mais prolongados do que quando é financiado através do aumento de impostos ou da redução de despesa".

A instituição sedeada em Washington afirma mesmo que "esta é a altura certa" para os países investirem, seja na manutenção das infraestruturas (o caso de economias desenvolvidas, como Portugal) ou na construção de novos equipamentos (a situação de economias em desenvolvimento), já que "os custos de financiamento estão baixos e a procura é fraca".

"Muitas economias desenvolvidas estão presas num ambiente de fraco crescimento e altas taxas de desemprego. O aumento do investimento público em infraestruturas é uma das poucas alavancas que restam para suportar o crescimento económico", defende o FMI.

SP// ATR

Lusa/fim

+ notícias: Economia

Nova descida na prestação da casa com alteraçõoes nas taxas Euribor

A prestação da casa paga ao banco vai, em abril, reduzir-se 12 euros para os contratos indexados à Euribor a seis mas apenas um euro para contratos com Euribor a três meses, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.