Presidente da Confederação do Turismo Português defende aumento da promoção do sector

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 26 set (Lusa) - O presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, defendeu hoje o aumento do "nível de promoção" do setor, acrescentando não estar "completamente de acordo" com a política do "tem de fazer mais com menos".

"Aqui ouvimos falar em promoção e de facto nós temos que aumentar o nível de promoção", sublinhou Francisco Calheiros, que falava na sessão de apresentação da Estratégia de Turismo para 2015 que hoje decorreu no Porto.

O responsável, perante uma assistência que incluía o ministro da Economia, António Pires de Lima, o secretário de Estado do setor, Mesquita Nunes, e o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, confessou não estar "completamente de acordo" com a política do Governo que tem "apregoado que tem de se fazer mais com menos".

"Eu não concordo, acho que tem de fazer muito mais com mais. A produção não é um custo é um investimento e é um investimento de retorno extraordinariamente rápido (?). O investimento no Turismo tem retorno muitas vezes no próprio ano. Devemos todos lutar para que seja muito maior o investimento no Turismo", afirmou.

Francisco Calheiros argumentou que o turismo é o setor que "mais está a contribuir para o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], para o equilíbrio da balança comercial e sobretudo para a diminuição de desemprego".

O responsável defendeu, ainda, "um maior envolvimento dos privados na promoção" e aproveitou para criticar a diminuição com os custos da promoção para 2015 - menos 5%, segundo disse Calheiros - as atuais taxas de IVA para a restauração e para o golfe e a discussão em volta das taxas municipais.

Sobre a "famosa fiscalidade verde", enumerou o imposto sobre o transporte aéreo, o imposto sobre os combustíveis, as taxas propostas para as entradas para as cidades.

"Não fazem bem nenhum ao turismo (?). Estas medidas não ajudam em nada o turismo e o turismo tem de ser ajudado porque o sucesso do turismo é o sucesso de Portugal", rematou.

No seguimento das intervenções anteriores que referiram dados positivos no setor em anos como 2013 e 2014, o presidente da confederação concordou que "foram importantes para o turismo" mas pediu que a "base" não fosse esquecida.

"2012, 2011, 2010 foram maus. A nossa base é muito fraca. Estamos numa taxa ascendente mas estamos longe de estar bem", concluiu.

PYT/TDI // JPS

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