Associação de Braga acusa diretor da Segurança Social de a "enganar"

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Porto Canal / Agências

Braga, 12 jul (Lusa) - A Associação Vicentina da Paróquia de S. Vicente, Braga, acusou hoje o diretor da Segurança Social do distrito de "enganar" a instituição e celebrou a "não inauguração" de uma creche por "falta de apoio" daquele organismo do Estado.

Na "cerimónia", em declarações aos jornalistas, o presidente pela associação, João Alves, explicou que o acordo de cooperação com a Segurança Social foi inviabilizado com o argumento de "não ter sido feito um pedido formal" embora tenha garantido a existência de "várias reuniões e troca de correspondência" com o responsável pela Segurança Social, Rui Barreira.

Em declarações à agência Lusa, o diretor da Segurança Social de Braga, Rui Barreira, afirmou que a "falta" do pedido formal não "obstou" a que a situação fosse avaliada e que foi a "falta de verbas " a inviabilizar o acordo".

O projeto foi apresentado em 2009 e teve o apoio de fundos do ON2 - O Novo Norte, aos quais se juntaram "mais de 600 mil euros de fundos próprios da instituição".

Uma vez concluída a obra, em 2011, a associação "começou a ser orientada" por diretor da Segurança Social, ao longo de "várias reuniões" com vista à celebração de um acordo de cooperação que viabilizaria a abertura da creche.

"Ele disse-nos que não era preciso apresentar nenhum processo porque era inútil. Nós fizemos e cumprimos as orientações que o Rui Barreira nos deu", disse.

Por isso, o responsável pela Associação Vicentina, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) disse-se "enganado" pelo referido diretor.

"Se era preciso papel palpável não foi apresentado porque segundo a palavra dele [Rui Barreira] não era necessário. Por causa das indecisões do dr. Rui Barreira não podemos fazer o trabalho a que nos destinamos", acusou.

O presidente explicou que a recusa à aspiração da IPSS "dada por mail", alegava a "inexistência de orçamento" mas que "mais tarde foi afirmado ao Diário do Minho que a não celebração do acordo foi por falta de pedido formal".

Confrontado com estas acusações, Rui Barreira disse à Lusa que "a inexistência de um pedido formal para celebrar um acordo de cooperação não impediu que não tenha sido feita a verificação dessa possibilidade" por parte da Segurança Social.

"Foi uma questão de indisponibilidade de verbas", reafirmou Rui Barreira.

Perante a falta do citado acordo, a Associação Vicentina garante não ter "verbas para alavancar o funcionamento" da creche que, explicou, se fosse aberta como uma instituição privada "levaria a que cada criança tivesse que pagar 350 euros mensais", segundo um estudo entretanto efetuado.

"A população que a creche pretendia servir é muito carenciada pelo que esta opção não é viável", apontou, pelo que a associação pretende utilizar as instalações para outras atividades.

"Agora perante a situação social e política do país não temos muitas ilusões. Iremos tentar dar utilidade a este edifício, apoio aos idosos, atividades de tempos livres, vamos tentar que as infraestruturas não se degradem", assegurou João Alves.

JYCR // MSP

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