Nicolás Maduro acusa Ocidente de ter "alimentado o monstro" do 'jihadismo'
Porto Canal / Agências
Nações Unidas, 25 set (Lusa) -- O Presidente da Venezuela acusou, na quarta-feira, as potências ocidentais de terem contribuído amplamente para o crescimento do 'jihadismo' no Próximo e Médio Oriente, um "monstro" que, defendeu, só será vencido se forem respeitados os povos da região.
Nicolás Maduro, que falava na 69.ª Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, disse que a Venezuela concordava com a luta contra o terrorismo, mas criticou severamente a estratégia aplicada pelos Estados Unidos para combater a organização Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
"Só uma aliança que respeite a soberania destas nações, a participação dos seus governos, dos seus povos, das suas forças armadas, vencerá realmente o terrorismo islâmico e todas as forças terroristas que surgiram como um Frankenstein, como um monstro alimentado pelo próprio ocidente", disse o Presidente venezuelano.
Maduro, que sempre criticou o apoio ocidental à rebelião contra o Presidente sírio Bashar al-Assad, disse que "o governo democrático e constitucional da Síria conteve os terroristas".
O surto de Ébola na África Ocidental é atualmente "a maior ameaça" para o mundo, mas as grandes potências estão mais ocupadas "em bombardear os povos da Síria e do Iraque", acrescentou o Presidente venezuelano.
A Venezuela é candidata para os anos de 2015 e 2016 a um lugar enquanto membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, no âmbito do grupo regional para a América Latina e Caraíbas, para substituir a Argentina, cujo mandato de dois anos termina no final deste ano.
FV // JCS.
Lusa/fim