Abaixo-assinado contra exploração de caulino em Soure reuniu 4.600 assinaturas
Porto Canal / Agências
Soure, 24 set (Lusa) -- Um abaixo-assinado contra a concessão de uma exploração de caulino nos concelhos de Soure e de Pombal reuniu mais de 4.600 assinaturas e os promotores querem ver a questão debatida no plenário da Assembleia da República (AR).
A Comissão de Luta contra a Exploração de Caulino em Bonitos - Soure entrega hoje, na AR, 4.643 assinaturas recolhidas em cerca de seis meses e é recebida em audiência por Guilherme Silva, vice-presidente do Parlamento.
"As assinaturas recolhidas são a expressão de que a população não quer o caulino. A grande maioria das pessoas que assinaram são da zona, mas também há assinaturas de Coimbra e de outros pontos do país, o que diz bem do mal-estar que esta questão suscita a nível nacional", disse à agência Lusa Fátima Pinhão, porta-voz da referida comissão.
O abaixo-assinado, que é entregue hoje na AR, deve ser transformado em petição para posterior agendamento e discussão no plenário, indicou.
Em causa está um pedido de concessão de exploração de caulino numa área com cerca de 400 hectares nas freguesias de Soure e Redinha (Pombal), que mereceu, para além do protesto popular, um voto contra por unanimidade do executivo municipal de Soure.
Para além de quererem travar o processo de concessão, os contestatários defendem alterações à lei, considerando, entre outros pontos, que a legislação vigente "não estabelece distâncias adequadas de segurança entre as habitações e as explorações de caulino", alegando que no caso de Soure e Pombal existem sete povoações situadas entre 40 a 300 metros dos limites da concessão.
Por outro lado, a comissão sustenta que a legislação "não impede" o que alegam ser uma "situação comum de contorno da lei," que passa pela exploração sucessiva de áreas inferiores ao limite legal, de modo a evitar procedimentos de avaliação de impacte ambiental.
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