Seguro exige diálogo com todos e Passos teme que PS seja proclamatório

Seguro exige diálogo com todos e Passos teme que PS seja proclamatório
| Política
Porto Canal

O secretário-geral do PS afirmou hoje que entrará no diálogo proposto pelo Presidente da República sem se mover "um milímetro" politicamente e com "todos" os partidos, mas Passos advertiu que a disponibilidade não pode ser "proclamatória".

As referências de António José Seguro à iniciativa do Presidente da República, Cavaco Silva, foram feitas no final da sua interpelação ao primeiro-ministro, durante o debate sobre o Estado da Nação na Assembleia da República.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PS sustentou que a atual crise política "mina" todas as instituições democráticas e defendeu que a política tem de ser credibilizada perante os portugueses.

"Por isso, o PS, não se movendo uma única vez, nem um milímetro que seja, da sua posição desde há dois anos, está disponível para iniciar processos de diálogo com todos os partidos políticos com assento parlamentar. Não se trata de um processo de diálogo entre o Governo e o PS, porque este Governo tem os dias contados e está a prazo", salientou António José Seguro.

Segundo o líder socialista, o PS aceitou entrar "num processo de diálogo, correspondendo a um apelo do Presidente da República, entre todos os partidos políticos representados neste parlamento, que estejam disponíveis e que pretendam contribuir com soluções para o país".

"O PS, desde o início, mantém uma disponibilidade para contribuir para as soluções do país e que esses contributos sempre tiveram da parte do primeiro-ministro uma recusa, tal como fez em relação aos parceiros sociais e até ao seu parceiro da coligação. O senhor primeiro-ministro não tem o direito de fazer um revisionismo histórico, tem de assumir o falhanço e fracasso do seu Governo. O PS tudo fará para que a agonia do seu Governo não seja a agonia dos portugueses", afirmou o secretário-geral socialista.

Perante esta conceção do PS sobre a proposta de entendimento de médio prazo feita pelo Presidente da República, o primeiro-ministro deixou vários avisos a Seguro.

"Esse entendimento não pode ser proclamatório, não pode ser para inglês ver, tem de incidir em matéria concreta. O Presidente da República perguntou o que é preciso fazer para encerrar com êxito o programa de assistência financeira, mas não é fácil" um entendimento sobre o que isso se traduz, apontou.

Mas Passos Coelho foi mais longe nas suas advertências ao líder socialista: "O que interessa não é dizer que estamos disponíveis para cumprir os compromissos externos e depois escrever cartas a dizer que este caminho é inaceitável e que a política (que resulta do entendimento com os nossos credores) não pode prosseguir, porque isso não tem credibilidade".

"O país, se tivesse de pagar o preço dessa proclamação, mas sem credibilidade nas propostas, então estaria no melhor dos mundos, porque bastaria dizer que queria cumprir mas estava disposto a nada fazer", acrescentou.

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