Mundial de surf ski em Portugal "prova condições e organização de excelência"
Porto Canal / Agências
Vila do Conde, 11 jul (Lusa) -- O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Mário Santos, considerou hoje que a realização do I Campeonato do Mundo de Surf Ski em águas lusas é uma prova "das condições naturais de excelência e capacidade organizativa" nacionais.
"Num momento difícil do país, é uma grande oportunidade para a canoagem portuguesa mostrar a sua capacidade organizativa e dar oportunidade aos amantes da canoagem de conhecer o nosso país, as suas condições excelentes. Podemos tornar a competição e o turismo um 'cluster' e garantir não só alegrias desportivas, mas também um retorno económico, que já começa a ser significativo", justifica.
Mário Santos recorda que, além dos Mundiais de surf ski, que se realizam no sábado e no domingo entre Esposende e Vila do Conde, Portugal já organizou este ano os Europeus de pista, em Montemor-o-Velho, e os de maratonas, em Prado, Vila Verde, ambos em junho.
"Esta é mais uma demonstração de que é possível fazer mais e melhor, não diria com menos, mas de forma diferente e recorrendo a soluções distintas das que estamos habituados", vincou.
Uma vez que, "tal como os Europeus de maratonas, este mundial também não tem financiamento público", o dirigente considera "vital" a parceria com outras entidades, neste caso com a Nelo (maior construtor mundial de caiaques de competição): "Tem sido um excelente parceiro, pois alia todo o seu 'know how' a uma estrutura com dedicação e a mesma competência com que faz barcos".
Em termos competitivos, o dirigente reconhece que "é extremamente difícil" os portugueses andarem nos primeiros lugares, lembrando que esta disciplina tem tradição de há muitos anos em países como África do Sul e Austrália, que, ao contrário das outras nações, têm cinco e não apenas duas vagas por prova.
Ao todo, estão inscritos "perto de 400 canoístas de 32 países", que vão competir em seniores, sub-23 e juniores, no sábado, na prova principal, em SS1, às 16:00, e no domingo, em SS2 (embarcação de dois lugares), que é apenas de exibição e não atribui título mundial, com largadas às 13:00 e às 16:00.
Os competidores dos cinco continentes vão cumprir um percurso de 22 quilómetros, que principia na praia de Ofir e termina no forte de S. João, aproveitando as condições únicas da costa portuguesa, com os ventos e o "swell" (ondas formadas no interior do mar e não pela ação do vento) a alinharem-se ao longo da costa.
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