Contrato de concessão da RTP aguarda acordo sobre projecções financeiras

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 17 set (Lusa) - O presidente do conselho de administração da RTP afirmou hoje que não há divergências em relação ao contrato de concessão de serviço público que está para ser assinado, mas adiantou que falta acordo sobre as projeções financeiras.

Alberto da Ponte está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e Comunicação, numa audição que dura há mais de duas horas.

"Neste momento não chegámos a acordo nas projeções financeiras", disse o gestor, quando falava sobre o contrato de concessão de serviço público de televisão e rádio que ainda falta ser assinado entre a RTP e o Estado.

"É preciso compreender que o conselho de administração vai acabar o mandato em setembro de 2015" e que o orçamento para o próximo ano "está fechado", realçou.

O orçamento do próximo ano será "equilibrado", mas falta garantir como será o "orçamento futuro", acrescentou.

Alberto da Ponte reiterou que gostaria que a taxa de contribuição para o audiovisual (CAV) fosse maior, mas adiantou que tal não pode ser.

"Não há divergência quanto ao contrato de concessão", mas sim "quanto à projeção financeira", pelo que a administração, "em conjunto com o conselho geral independente [CGI]", irá procurar encontrar uma solução para os próximos anos, explicou o gestor.

O presidente da RTP acrescentou que "não foi possível ainda acertar as linhas financeiras" que a empresa precisa, apesar da "interação" com a tutela e com a secretaria de Estado do Tesouro.

Recorde-se que a RTP está a tentar obter linhas de crédito junto da banca.

A administração do grupo de comunicação estatal vai ter de apresentar em breve um projeto estratégico ao CGI, onde estará incluído o "financiamento ideal" que a equipa de gestão considera para a empresa.

"É preciso ver todas as hipóteses que possam minorar a despesa e aumentar a receita", apontou o gestor, que sublinhou: "é importante que não demore muito tempo, porque a questão do financiamento da RTP é fundamental", tal como a linha de crédito.

Desde este ano que a RTP deixou de receber indemnização compensatória, passando apenas a ser financiada pela CAV e pelas receitas comerciais.

Sobre o CGI, que iniciou funções na semana passada, Alberto da Ponte disse que ainda não teve uma reunião com o órgão independente que terá como funções supervisionar e nomear a administração da RTP, entre outras.

"A tomada [de posse] foi muito recente", sublinhou.

A administração da RTP cumpre na quinta-feira dois anos de mandato.

ALU// ATR

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