Governo: CDS-PP terá toda a capacidade para participar em esforço de compromisso

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 jul (Lusa) - O líder parlamentar democrata-cristão, Nuno Magalhães, assegurou hoje que o CDS-PP terá "toda a capacidade" para participar no "esforço de compromisso" pedido pelo Presidente da República, e anunciou uma reunião do órgão competente do partido.

Numa declaração no Parlamento, o líder parlamentar do CDS-PP frisou que o Presidente da República explicou as consequências negativas que teria para o país a realização de eleições antecipadas.

"O CDS também [considera negativa a realização de eleições antecipadas], e por isso mesmo, empenhou-se em apresentar uma solução estável e de compromisso para que isso não acontecesse", disse.

No entanto, acrescentou, "o senhor Presidente da República entendeu tomar uma iniciativa política, que designou por acordo de salvação nacional" e pediu o esforço dos partidos que formam o arco da governabilidade para que se empenhem nessa decisão".

Perante a decisão de Cavaco Silva, Nuno Magalhães disse que o CDS-PP "terá toda a disponibilidade para ouvir o que o Presidente da República entender dizer" nas audiências que irá promover com os partidos.

O CDS-PP, acrescentou, "terá certamente toda a capacidade para participar nesse esforço de compromisso e por isso mesmo também reunirá o seu órgão competente", anunciou.

Nuno Magalhães disse ainda que a decisão de Cavaco Silva vai ao encontro do que o CDS-PP tem defendido, ou seja, da necessidade de haver "uma cultura de compromisso e consenso entre pelo menos os partidos que assinaram o memorando de entendimento".

O Presidente da República propôs hoje, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e que esse acordo preveja eleições antecipadas a partir de junho de 2014.

Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e com os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 02 de julho.

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Lusa/fim

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