Governo: PS aguardará iniciativas do Presidente sobre acordo de médio prazo

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 jul (Lusa) - O PS afirmou hoje que aguardará as iniciativas do Presidente da República sobre o acordo de médio prazo, mas advertiu que esse diálogo deve envolver todos os partidos parlamentares e discorda da não realização de eleições já.

A posição foi transmitida por Alberto Martins, membro do Secretariado Nacional do PS, após a comunicação ao país do Presidente da República, Cavaco Silva, em que considerou que o atual Governo se encontra em "plenitude de funções" e defendeu um compromisso de "salvação nacional" de médio prazo entre PSD, PS e CDS com eleições após junho de 2014, apesar de rejeitar eleições antecipadas já em setembro.

Numa declaração sem direito a perguntas por parte dos jornalistas, Alberto Martins afirmou que o PS discordou da decisão do Presidente da República de não convocar eleições legislativas para setembro próximo.

"Mas o PS respeita a decisão do senhor Presidente da República no plano institucional, tal como respeita as decisões de todos os órgãos de soberania", declarou Alberto Martins.

Na sua declaração, o ex-ministro dos governos de José Sócrates e de António Guterres reafirmou que o PS "não apoiará nem fará parte de nenhum Governo sem que os portugueses manifestem democraticamente a sua vontade através da realização de eleições".

Na atual situação, "o PS continuará a apresentar propostas e soluções para resolver os problemas dos portugueses, de modo a que o país saia desta gravíssima situação o mais rapidamente possível", referiu o dirigente socialista, antes de abordar o desafio do Presidente da República sobre o compromisso de "salvação nacional" de médio prazo entre PSD, PS e CDS.

"O PS escutou atentamente a declaração do senhor Presidente da República e, tal como lhe compete, aguardará as iniciativas do senhor Presidente da República. Na opinião do PS, esse diálogo não deve excluir nenhum partido político com representação parlamentar", ressalvou Alberto Martins.

Depois, o ex-ministro socialista adiantou que, nos termos atrás referidos, reafirmando todas as posições do seu partido, "designadamente de censura às políticas deste Governo, "o PS não rejeita como nunca rejeitou nenhum diálogo em particular quando está em jogo o interesse nacional e o futuro dos portugueses".

O Presidente da República propôs hoje, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e que esse acordo preveja eleições antecipadas a partir de junho de 2014.

Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e com os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 02 de julho.

PMF // SMA

Lusa/fim

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