Governo: PSD vai analisar apelo de Cavaco Silva

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 jul (Lusa) - O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou hoje que os sociais-democratas vão analisar o apelo lançado pelo Presidente da República aos partidos, sublinhando que, tal como disse Cavaco Silva, o Governo está em "plenitude de funções".

Luís Montenegro disse, numa declaração em que não respondeu a perguntas, que o PSD ouviu "com atenção" o apelo do Presidente a "todos os agentes políticos, em particular aos partidos que subscreverem o memorando de entendimento e os termos do programa de assistência económica e financeira".

"É precisamente com esse espírito de compromisso que temos exercido o nosso mandato nesta legislatura e que também por isso vamos analisar no PSD os termos e o conteúdo do apelo do senhor Presidente da República para podermos tomar as diligências correspondentes para lhe dar uma resposta", declarou.

"Gostaria também de lembrar as palavras do senhor Presidente da República relativamente ao facto de termos um Governo em plenitude de funções e que, por essa via, deve continuar a exercer as suas competências e as suas funções", sublinhou.

Na declaração que fez aos jornalistas no Parlamento, Montenegro disse que o PSD não podia "estar mais de acordo" com Cavaco Silva, "quando ele analisou os efeitos nefastos que a realização de eleições antecipadas podiam trazer para o processo de recuperação" do país e "para o cumprimento das obrigações que decorrem do programa de assistência económica e financeira que está em vigor".

"Foi exatamente por termos uma visão similar à do senhor Presidente da República sobre esse cenário que tanto o PSD como o senhor primeiro-ministro se empenharam nos últimos dias em construir uma solução que assegurasse a estabilidade e a coesão do Governo e do respetivo apoio parlamentar", sustentou.

O Presidente da República propôs hoje, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e que esse acordo preveja eleições antecipadas a partir de junho de 2014.

Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e com os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 02 de julho.

ACL // SMA

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