Autarca de Évora diz ser "inaceitável" falha da viatura médica de emergência

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Porto Canal / Agências

Évora, 04 set (Lusa) - O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, considerou hoje "absolutamente inqualificável e inaceitável" a inoperacionalidade da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do hospital da cidade, sobretudo quando a situação se "repete regularmente".

"Já tomámos uma posição firme sobre esta matéria, denunciando uma situação que é absolutamente inqualificável e inaceitável, sobretudo quando se repete regularmente", afirmou o autarca comunista, em declarações à agência Lusa.

A VMER de Évora estava inoperacional na passada terça-feira, por falta de recursos humanos, quando foi chamada a socorrer um doente em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer. Para Carlos Pinto de Sá, "não é admissível que a VMER, que serve exatamente para casos de emergência, não esteja em condições operacionais para responder a esses casos".

Segundo o autarca, a situação "decorre pura e simplesmente de políticas que têm em vista cortes orçamentais".

"Se o problema não for resolvido, vai continuar a repetir-se, o que é lamentável, para além de ser um atentado aos direitos dos cidadãos", alertou.

Além de um processo de averiguações aberto pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, também a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) está a investigar o caso, adiantou à Lusa fonte do Ministério da Saúde.

Este é o terceiro caso conhecido, em menos de um ano e envolvendo vítimas mortais, em que a VMER de Évora está indisponível para uma situação de emergência, depois de, em abril deste ano, não ter participado no socorro a dois homens que sofreram um acidente, perto de Reguengos de Monsaraz, e que acabaram por morrer.

Também no dia 25 de dezembro de 2013, a VMER estava inoperacional quando um acidente na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos e quatro feridos graves.

No caso de terça-feira, fonte do hospital de Évora indicou à Lusa que "não tendo sido possível garantir a operacionalidade" da VMER, "o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi informado para que pudesse ativar os outros meios disponíveis na área".

A mesma fonte garantiu que a unidade hospitalar "tem feito, até à data, todos os esforços" para "completar todos os turnos e garantir a maior operacionalidade possível da VMER".

João Caraça, adjunto do comando dos Bombeiros de Évora, explicou à Lusa que a corporação foi solicitada, na terça-feira de manhã, para "uma paragem cardiorrespiratória, num bairro limítrofe da cidade".

"Ao chegarmos ao local, verificámos que era de facto uma paragem cardiorrespiratória e pedimos apoio diferenciado, mas o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) informou-nos que iniciássemos manobras e que transportássemos a vítima para o hospital", referiu.

O responsável adiantou que elementos da corporação transportaram o homem de 64 anos em paragem cardiorrespiratória "até ao hospital em manobras" e que, passado algum tempo, foram "informados que a vítima tinha falecido".

SYM // MLM

Lusa/Fim

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