Coimbra, 03 set (Lusa) -- O projeto de Coimbra Linhas Cruzadas propõe, para o mês de setembro, "RauKoon - Rauschenberg x De Kooning - Um Combate Geracional", projeto que se traduzirá numa exposição, num concerto e em duas conversas, foi hoje anunciado.

As quatro iniciativas vão espalhar-se pelas casas das quatro estruturas Linhas Cruzadas - a sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, que fez o desafio, o Salão Brazil, a Casa da Esquina e a Oficina Municipal do Teatro.

A organização recorda que, "em 1953, o então jovem artista Robert Rauschenberg propôs a Willem de Kooning, então um dos mais consagrados artistas, um estranho desafio: que de Kooning lhe cedesse um desenho para o apagar".

"'Erased de Kooning Drawing' confirma, por antecipação, o que veio a ser grande parte da história do século XX, e mostra como um dos troços mais importantes da história da arte nesse tempo é o de 'destruição' ou 'apagamento' ou 'rasura'. É nesta linha de pensamento que surge 'RauKoon - Rauschenberg x De Kooning - Um Combate Geracional', o desafio lançado pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra à plataforma Linhas Cruzadas", sintetiza uma nota de imprensa daquela estrutura.

O projeto tem início no sábado, com a exposição Pedro Vaz x João Queiroz (18:00), que durará até 27 de setembro, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, e que pode ser apreciada de terça-feira a sábado, das 14:00 às 18:00.

"O Círculo de Artes Plásticas junta dois artistas plásticos que trabalham em torno da representação da paisagem. Desenvolveram um trabalho sobre a Serra da Arrábida, por onde caminharam juntos e conversaram, um diálogo que dá forma à exposição", explica a Linhas Cruzadas.

O concerto "Luís Figueiredo: Erasing Monk", a 18 de setembro (22:00), no Salão Brazil, "inspira-se no raciocínio de Rauschenberg" e, "neste projeto, o Jazz ao Centro Clube convida o músico Luís Figueiredo para desenvolver um processo de criação através da desconstrução/reconstrução da obra do pianista e compositor Thelonious Monk".

Haverá ainda a conversa "Al Berto, o último habitante", a 19 de setembro (21:30), na Casa da Esquina, com "criadores contemporâneos que privaram ou se inspiraram na obra do poeta Al Berto para um dia em que se pretende falar e pensar sobre a pessoa e a obra e como perdura no tempo presente e influencia os seus trabalhos".

"A sessão vai contar com a presença de Vicente Alves do Ó, argumentista e realizador, e de Julieta Aurora Santos, diretora e encenadora do Teatro do Mar", lê-se na nota de imprensa.

"Joaquim Benite por Rodrigo Francisco" - o fundador do Teatro de Almada e o diretor que lhe sucede - é tema da outra conversa, a 30 de setembro (17:00), na Oficina Municipal de Teatro, com a participação de "O Teatrão".

"O Teatrão participa nesta programação com uma conversa entre Jorge Louraço Figueira, dramaturgo residente de 'O Teatrão' e crítico de teatro do jornal 'Público', e Rodrigo Francisco, diretor artístico da 'Companhia e do Festival de Teatro de Almada', encenador e dramaturgo, sobre o seu trabalho de continuidade e renovação deste icónico projeto teatral português fundado por Joaquim Benite".

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