Mapa judiciário: Advogados de Barcelos rotulam reforma de "crime de lesa-pátria"

| Norte
Porto Canal / Agências

Barcelos, 02 set (Lusa) - O presidente da delegação de Barcelos da Ordem dos Advogados (OA), Pedro Teixeira Reis, considerou hoje "um crime de lesa-pátria" a reforma do mapa judiciário, alegando que este foi "o pior arranque possível" do novo ano judicial.

"Neste momento, a Justiça está suspensa neste país. Não há julgamentos, nem diligências e, mesmo no caso dos processos urgentes, tudo tem de ser feito à mão, com alguma boa vontade dos funcionários e dos magistrados", disse à Lusa o causídico.

Em causa está o facto de o sistema eletrónico utilizado por magistrados e advogados (Citius), para gerirem os processos não estar a funcionar, um problema que está a afetar os tribunais de todo o país.

Como exemplo, Pedro Teixeira Reis apontou o caso do tribunal de Barcelos, que "esteve o dia todo parado". "Os juízes e os funcionários não têm possibilidade de fazer nada, porque tudo é feito pela plataforma electrónica", disse.

Esta situação está, também, a afetar a entrega de peças processuais por parte dos advogados, que estão a recorrer a meios alternativos.

"Neste momento, os advogados que têm prazos para cumprir estão a entregar as peças processuais directamente no tribunal ou enviam-nas por correio, fax ou email, mas é preciso contar com o bom senso dos magistrados e operadores judiciários para as poderem receber", referiu.

O advogado responsabiliza a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, por esta situação, sustentando que "uma reforma desta envergadura não pode ser feita num mês ou num mês e meio, que é o que se tentou fazer".

"Isto vai ter repercussões para o ano inteiro, porque são milhares de diligencias que vão ter de ser desmarcadas e reagendadas", assinalou o advogado, que prevê que os tribunais demorem entre seis meses e um ano a começar a funcionar com alguma normalidade.

JYDN // JGJ

Lusa/Fim

+ notícias: Norte

“Fui ao mar buscar água para lavar a louça”. 14 pessoas vivem sem água e luz no parque de campismo de Cortegaça

Sem acesso a água potável e eletricidade. É assim que 14 pessoas ainda vivem no parque de campismo de Cortegaça, no concelho de Ovar. Dívidas contraídas pela anterior gestão da infraestrutura estão na origem de um problema cuja solução, mais de meio ano depois, poderá chegar já no final do mês de abril.

Homem desaparecido há mais de um mês encontrado morto em habitação devoluta em Braga

Um cadáver foi encontrado, na tarde desta quinta-feira, no interior de uma habitação devoluta na Rua Cidade do Porto, em Braga. 

Detidos suspeito de tráfico e apreendidas mais de 200 doses de droga em Gaia

A PSP deteve, quarta-feira, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, um suspeito do crime de tráfico de droga, tendo apreendido cerca de 200 doses de liamba e haxixe e 560 euros em dinheiro, foi esta quinta-feira anunciado.