Mogadouro regista o maior fogo do ano no Norte

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Porto Canal / Agências

Mogadouro, 10 jul(Lusa)- A aldeia da Quinta das Quebradas, no concelho trasmontano de Mogadouro, viveu hoje "um dos maiores incêndios" de que há memória naquela localidade, que já consumiu centenas de hectares de mato, disse o Comandante Operacional do Norte, Paulo Tavares.

"Este é o maior incendio registado até ao momento em toda a região Norte e que mobilizou um dispositivo de combate considerável", sublinhou o responsável operacional.

Além das centenas de hectares de floresta em torno da aldeia, as chamas consumiram, pelo menos, um anexo de uma habitação, vários arrumos agrícolas e mataram muitos animais domésticos, registando-se ainda danos avultados provocados pelo fogo numa caravana de campismo e num veículo ligeiro de passageiros, os quais ficaram parcialmente destruídos pelas chamas.

Para já ainda não há projeções da área ardida, mas os bombeiros falam em diversas frentes com alguns quilómetros de extensão que consumiram oliveiras, sobreiros, eucaliptos e mato.

"O combate às chamas teve de ser musculado, já que nossa principal preocupação eram as pessoas e bens", disse Paulo Tavares à agência Lusa.

Na aldeia, uma idosa teve de receber assistência por parte dos bombeiros devido ao cansaço e à exposição às altas temperaturas que foram registadas.

"Isto esteve muito mau. Pareceu-me que foi um relâmpago que aqui caiu. Eu, na minha vida, num vi um fogo tão mau", disse à Lusa Amélia Castro, uma habitante da aldeia, com 86 anos de idade.

A população relatou ainda imóveis agrícolas destruídos e animais que foram apanhadas pelas chamas, situações que serão averiguadas pelas autoridades.

As frentes de fogo atingiram as freguesias de Castelo Branco, Meirinhos, Bruçó e Souto da Velha (Torre de Moncorvo), locais onde estão concentradas as atenções dos bombeiros.

O lugar das minas das Fonte Santa, junto à localidade das Quintas das Quebradas teve mesmo de ser evacuado tendo os bombeiros retirado do local cerca de uma dezena de pessoas.

O dispositivo de combate a incêndios envolve mais de 350 operacionais os quais serão reforçados ao longo da madrugada com grupos de combate provenientes de Santarém, Porto, Coimbra e Viseu.

"O incendio que deflagrou cerca das 13:47 em Picões/Ferradosa, no concelho de Alfândega da Fé, nada tem ver com o incendio registado no concelho de Mogadouro e que deflagrou cerca das 19:00", acrecentaram as autoridades no terreno.

Desde as 00:00 estão ativos em Portugal continental e em destaque na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil na Internet quatro incêndios, sendo o de Picões/Ferradosa no concelho de Alfandega da Fé, com quatro frentes ativas, o que mais meios mobiliza, com 281 operacionais e 77 viaturas.

O incêndio na aldeia da Quinta das Quebradas, Mogadouro, com três frentes, mobilizava, às 01:00, 93 homens e 26 viaturas, enquanto o fogo em Pereira/Salto, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, com uma frente ativa em mato, era combatido por 53 operacionais, apoiados por 15 viaturas, mas já estava com indicação de "dominado".

Na Soalheira, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, um incêndio com uma frente em zona de mato, ativo desde as 23:59 de terça-feira, estava a ser combatido por 131 operacionais, apoiados por 38 veículos, e à 01:00 estava também dado como "dominado".

FYP/ARA // ARA

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