Moçambique diz que supressão de vistos com Angola é "imprescindível"
Porto Canal / Agências
Luanda, 26 ago (Lusa) - O chefe da diplomacia de Moçambique, Oldemiro Baloi, classificou hoje como "imprescindível" a conclusão do acordo em negociação com Angola para suprimir vistos em passaportes ordinários, de forma a fomentar o desenvolvimento económico dos dois países.
A posição foi transmitida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicano no arranque, em Luanda, da IX Comissão Mista de Cooperação Bilateral Angola-Moçambique.
"Para dinamizar relações económicas empresariais é imprescindível que os nossos países embarquem na facilitação da circulação de pessoas e bens", defendeu o ministro Oldemiro Baloi.
O Executivo moçambicano já tinha feito saber, em junho, que a livre circulação de pessoas com Angola "está para breve", aguardando apenas uma resposta das autoridades angolanas ao acordo em negociação.
"Apresenta-se, neste contexto, como prioritária a conclusão das negociações visando a supressão de vistos em passaportes ordinários, entre os nossos dois países, com benefícios no desenvolvimento das nossas economias e no intercâmbio entre os nossos povos", acrescentou hoje o ministro moçambicano.
Esta reunião da Comissão Mista de Cooperação Bilateral Angola-Moçambique decorre na capital angolana até 28 de agosto, quatro anos depois do último encontro do género.
Para o ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, que representa Angola nesta comissão mista, face ao "excelente nível" das relações de cooperação política e diplomática, os dois países devem agora "trabalhar" para "elevar para igual nível" as relações económicas, empresariais e institucionais".
Na intervenção de abertura destes três dias de reuniões em Luanda, o governante angolano recordou que no último encontro, em setembro de 2010, os dois países identificaram 27 domínios de cooperação, desde Agricultura e Pescas, à Construção, Petróleos, Geologia e Minas ou Energia e águas.
Daí que esta reunião sirva para avaliar o grau de execução dos acordos, a implementação dos instrumentos jurídicos que regem a cooperação entre os dois países e "perspetivar ações que reforcem as relações de amizade, cooperação e solidariedade".
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