Washington, 26 ago (Lusa) -- O jornalista norte-americano James Foley, assassinado na Síria pelos jihadistas do Estado Islâmico deixou uma mensagem pessoal para a sua família entregue a um companheiro de cela que foi libertado pouco antes da sua morte.

James Foley fez o seu companheiro memorizar uma mensagem pessoal para os seus familiares, repleta de recordações e palavras de esperança sobre a sua eventual futura libertação, palavras que a sua família publicou agora após a sua morte na página "Free James Foley" do Facebook.

"Avó, toma os teus medicamentos por favor, faz os teus passeios e continua a dançar. Quero levar-te a passear quando regressar a casa. Mantém-te forte porque vou precisar da tua ajuda para recuperar a minha vida", diz uma das passagens da mensagem.

A notícia da morte de James Foley foi revelada há uma semana quando o Estado Islâmico publicou um vídeo em que mostrava o jornalista a ser decapitado na Síria, onde estava sequestrado desde novembro de 2012.

Desde o rapto a família nunca obteve notícias de James Foley até que a 26 de novembro de 2013 foi contactada pelos raptores que pediram dinheiro e a libertação de prisioneiros jihadistas nos Estados Unidos em troca da sua libertação.

A segunda e última vez que a família do jornalista teve notícias dos raptores foi a 12 de agosto, uma semana antes de ser conhecida a notícia da morte, a 19 deste mês.

Em junho, os familiares de Foley receberam a mensagem enviada sem a intervenção dos raptores e onde o jornalista diz, entre outras coisas, recordar ir ao centro comercial com o seu pai, ou passeios de bicicleta com a mãe.

James Foley foi sequestrado quando se dirigia para a fronteira da Turquia e, inicialmente, pensou-se estar nas mãos de milícias pró-governamentais.

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