Sobe para 18 número de mortos em deslizamentos de terras no Japão
Porto Canal / Agências
Tóquio, 20 ago (Lusa) -- Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 13 foram dadas como desaparecidas na sequência de deslizamentos de terras provocados por chuvas torrenciais, esta madrugada, na província de Hiroshima, no oeste do Japão, informaram as autoridades nipónicas.
A Agência Meteorológica japonesa declarou o alerta pela precipitação registada naquela região montanhosa, com um nível recorde de 243 milímetros nas últimas 24 horas, que originou inundações e deslizamentos de terras.
A polícia e os bombeiros receberam cerca de 20 pedidos de intervenção relativos a casos de pessoas que ficaram soterradas ou foram arrastadas na sequência do aumento dos caudais de canais e rios, segundo a agência de notícias Kyodo.
Entre as vítimas mortais encontra-se um menino de dois anos, que ficou enterrado numa zona de lodo numa área rural, e um idoso de 77 anos arrastado pela água perto da cidade de Hiroshima, onde o rio Nenotanigawa (afluente do Ota) subiu de nível.
Um bombeiro que participava nas operações de resgate morreu, segundo a televisão pública NHK.
As autoridades locais aconselharam a retirada de cerca de 65.000 pessoas de cerca de 26.000 habitações nas áreas montanhosas mais afetadas pelas chuvas.
O primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, anunciou o envio de centenas de soldados do exército para participarem nas operações de resgate, cujo número deverá ser superior a 600 elementos, segundo a NHK.
A estes vão somar-se mais de 200 agentes da polícia da cidade de Osaka e de outras províncias próximas.
Shinzo Abe interrompeu as suas férias na província de Yamanashi, no centro, para coordenar as operações e deu instruções para que sejam feitos "todos os esforços possíveis" para ajudar os afetados, segundo declarações difundidas pelos órgãos de comunicação social.
O primeiro-ministro enviou as suas condolências aos familiares das vítimas e desaparecidos e afirmou que assim que a situação o permitir, o presidente da Comissão de Segurança Nacional e responsável pela gestão de desastres, Keiji Furuya, deslocar-se-á à região.
A televisão japonesa mostrou imagens de casas derrubadas pelos deslizamentos de terra, automóveis enterrados nos escombros, ruas alagadas e terrenos agrícolas arrasados.
O elevado número de vítimas e de danos materiais deve-se à intensidade das precipitações combinada com o relevo da região, assim como a localização de muitas casas nas encostas das montanhas, indicaram os órgãos de comunicação japoneses.
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