Paulo Rangel defende "reforço da legitimidade" do atual Governo
Porto Canal
O eurodeputado do PSD Paulo Rangel defendeu hoje que o "reforço da legitimidade" do atual Governo seria, neste momento, a melhor solução para Portugal, sobretudo do ponto de vista internacional.
"A melhor solução seria um reforço da legitimidade do atual do Governo, isto numa perspetiva essencialmente internacional, das obrigações e da situação em que se encontra o Estado português", disse Paulo Rangel à Lusa, na Universidade do Minho, em Braga, à margem da apresentação da primeira edição da revista "Cadernos de Justiça Tributária.
No entanto, Rangel escusou-se a advogar como deverá ser feito o reforço da legitimidade.
"Não sou nem primeiro-ministro nem líder de nenhum dos partidos", justificou.
Se o reforço da legitimidade não for possível, Rangel sugere a formação de um "Governo técnico", até 2015, para terminar o programa de ajustamento e preparar o pós-troika.
Um Governo que resultaria do acordo entre, pelo menos, os três partidos do arco da governação.
Para Paulo Rangel, só em último caso é que deve haver eleições antecipadas, que teriam "graves danos" para Portugal e para os portugueses.
Em relação à demissão do ministro das Finanças, Paulo Rangel considerou que, "apesar de tudo, é normal", tendo em conta a especificidade da pasta, mas criticou a "ostentação", por parte de Vítor Gaspar, dos motivos da saída.
"É contrária às boas práticas democráticas e não condiz com a missão patriótica que ele realizou. Penso que teve efeito muito negativo", referiu.
Já sobre a saída de Paulo Portas, classificou-a de "um pouco incompreensível".