Governo gasta até 3,7 ME para criar fundos de compensação de trabalho

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 05 jul (Lusa) - A aquisição e desenvolvimento dos sistemas informáticos necessários para criar os novos fundos de Compensação de Trabalho e de Garantia de Compensação do Trabalho pode custar até 3,7 milhões de euros e será feita por ajuste direto.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros que autoriza a despesa relativa à aquisição dos serviços "imprescindíveis e inadiáveis" para que os fundos entrem em funcionamento em outubro de 2013, o montante máximo será de 3,7 milhões de euros e será feito "com recurso ao procedimento pré-contratual de ajuste direto".

A resolução foi aprovada no Conselho de Ministros de quinta-feira e publicada no mesmo dia à noite.

O diploma justifica que "as características intrínsecas ao funcionamento do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FCGT) aconselham a rever a arquitetura existente, obrigando à criação de algumas componentes estruturais que, numa perspetiva de boas práticas e desenvolvimento a custo sustentável, deverão constituir um suporte reaproveitável para a evolução estrutural do atual Sistema de Informação da Segurança Social".

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o investimento tem ainda como meta "um melhor controlo no combate à fraude e evasão contributiva".

A proposta de lei que estabelece os regimes jurídicos dos dois fundos foi aprovada, na generalidade, na passada sexta-feira.

De acordo com a proposta do Executivo, o FCT servirá para pagar até metade das indemnizações por despedimento e deverá entrar em vigor a 01 de outubro.

O FCT vai ser constituído com uma contribuição das empresas de 0,925% da remuneração de cada trabalhador.

Em alternativa, é criado um Mecanismo Equivalente (ME), pelo qual "o empregador fica vinculado a conceder ao trabalhador garantia igual à que resultaria da vinculação ao FCT".

A criação deste fundo estava prevista no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego assinado a 18 de janeiro de 2012.

A proposta de lei cria ainda a obrigatoriedade de os empregadores contribuírem para um FCGT, de cariz mutualista, com um valor correspondente a 0,075% da remuneração que servirá para pagar a parte das compensações não asseguradas pelo fundo e que as empresas também não consigam pagar, devido a dificuldades de tesouraria ou insolvência.

RCR (ALU) // MSF

Lusa/fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.