Associação de Directores alerta para possíveis complicações por causa das férias

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 21 jul (Lusa) -- O presidente da Associação Nacional dos Diretores Escolares (ANDE), Manuel Pereira, alertou hoje para as possíveis complicações nas convocatórias para vigilância da prova de avaliação dos professores contratados, agendada para terça-feira, devido ao período de férias.

"Tentaremos chamar apenas aqueles que ainda estão ao serviço, mas pode acontecer ser necessário interromper as férias dos professores", admitiu, em declarações à Lusa.

O dirigente associativo sublinhou que o papel dos diretores é, neste momento, "complicado", porque têm de "garantir os direitos das duas partes", ou seja, que os professores contratados que assim o desejem possam fazer a prova sem perturbações, e que os professores efetivos possam participar nas reuniões sindicais convocadas para a manhã de terça-feira.

O representante dos diretores criticou o prazo de três dias úteis dado pelo ministério às escolas para se organizarem e convocarem os professores para vigiar as provas, classificando a atitude da tutela como "pouco transparente" e "um desrespeito pelo trabalho das escolas", que "demonstra falta de consideração".

"Independentemente da opinião que se possa ter sobre a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades em si, os diretores tudo farão para que a prova corra com normalidade", garantiu Manuel Pereira.

Já o presidente da Associação Nacional de Professores Contratados, César Paulo, adiantou, por seu lado, que está em "stand by" para ver como as coisas vão correr na terça-feira, sublinhando que se trata de uma situação pontual, em que cada professor irá tomar a sua própria decisão.

"Trata-se de situações pontuais, porque cada professor toma a sua própria decisão. É uma situação anómala o cerco ou boicote à prova", explicou César Paulo, considerando que a marcação da prova tão 'em cima da hora' é um "desrespeito" para com os professores contratados.

"No dia em que foi anunciada a realização da prova pelo Ministério da Educação ficámos incrédulos, por muitas razões, mas sobretudo pelo desrespeito", disse César Paulo.

"É importante realçar também que o MEC é o único que acredita que a prova serve para alguma coisa, mas descredibilizou-a ao marcá-la com 72 horas de antecedência, e também ao retirar a componente científica, deixando somente a componente comum", explicou.

Questionada pela Lusa, fonte oficial do ministério sublinhou que "a prova é um requisito obrigatório para todos os concursos de seleção e recrutamento de professores", como define a legislação em vigor, e que se trata também de "um direito dos que se encontram nessa situação", que deve ser garantido.

O movimento de professores 'Boicote&Cerco' está a organizar reuniões de docentes em vários espaços comerciais ou frente a escolas, em 15 cidades, para preparar os protestos de terça-feira.

"As movimentações nas redes sociais estão ao rubro. Prevê-se uma adesão muito grande", disse à Lusa o professor Francisco Rodrigues, do movimento 'Boicote&Cerco'.

As reuniões de docentes decorreram em Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Coimbra, Barreiro, Évora, Guarda, Faro e Guimarães no domingo e em Almada, Lisboa e Beja realizam-se hoje ao final da tarde.

O movimento admitiu na sexta-feira voltar a invadir escolas para impedir a realização da nova chamada da prova de avaliação de docentes e apelou aos professores vigilantes para boicotarem o exame.

IMA/RCP // PMC

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