China faz "protesto solene" contra "ingerência" de Londres sobre Hong Kong

| Mundo
Porto Canal / Agências

Pequim, 17 jul (Lusa) -- A China apresentou um "forte protesto" junto de Londres e acusou a Grã-Bretanha de "ingerência" nos seus assuntos internos, depois de um encontro entre o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, e duas personalidades do movimento pró-democracia de Hong Kong.

Nick Clegg encontrou-se na terça-feira em Londres com Martin Lee -- fundador do Partido Democrata de Hong Kong que encarna a oposição aos dirigentes pró-Pequim do território -- e Anson Chan, antiga número dois do governo local, quer na administração britânica, quer já na administração chinesa.

Pequim participou a Londres o seu "protesto solene" após estes encontros, informou na quarta-feira a agência oficial Xinhua.

"O que a Grã-Bretanha fez é uma ingerência nos assuntos internos da China, à qual a China se opoe resolutamente, disse Hong Lei, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

"O que diz respeito a Hong Kong é assunto interno da China", referiu.

As duas personalidades da cena política de Hong Kong foram recebidas por uma comissão do Parlamento britânico. Anson Chan pediu a Londres "para não se desinteressar dos desenvolvimentos (políticos) em Hong Kong".

Anson Chan e Martin Lee criticaram veementemente um relatório parlamentar britânico publicado no início de julho, no qual, William Hague, entaõ ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, estimava que o sistema constitucional do território "funcionava bem" e que não existia "modelo perfeito" em matéria de reforma eleitoral.

A 01 de julho, dia do aniversário da transição de Hong Kong para a China em 1997, centenas de milhares de pessoas saíram à rua para exigir a eleição por sufrágio universal do próximo chefe do Executivo em 2017.

O objetivo das eleições por sufrágio universal foi reconhecido pela China, mas Pequim reiterou no Livro Branco sobre Hong Kong, publicado em junho, que só os candidatos "patrióticos" serão selecionados, desencadeando uma vaga de protestos inédita desde 1997.

Dias antes, cerca de 800 mil pessoas entre os sete milhões de habitantes da antiga colónia britância, participaram num referendo não oficial sobre a instauração do sufrágio universal direto.

Esta semana, o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-Ying, também conhecido por CY Leung, pediu uma mudança eleitoral limitada, apesar de protestos pró-democracia em massa realizados na cidade, afirmando num relatório à China que os eleitores querem um chefe do executivo patriótico.

CY Leung disse, no relatório apresentado à Assembleia Popular Nacional da China (APN), que "existe a necessidade de reparar o método de seleção do chefe do executivo em 2017 de maneira a atingir o objetivo do sufrágio universal".

Atualmente o líder é escolhido por um comité pró-Pequim composto por 1.200 membros.

A antiga colónia britânica foi devolvida à China em 1997 no âmbito de um acordo que garantia vários direitos à população, como liberdade de expressão e um órgão judicial independente.

FV (HZL/APN) // FV.

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.