Aeroporto de Tripoli alvo de novos ataques pelos islamitas

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Porto Canal / Agências

Tripoli, 14 jul (Lusa) -- O aeroporto da capital líbia foi objeto de novos ataques na noite de hoje, um dia depois de violentos confrontos, que levaram a Organização das Nações Unidas (ONU) a retirar o seu pessoal do país.

Depois de a segunda maior cidade da Líbia, Bengasi, no leste, ter conhecido também mais violência, que resultou em três mortos, estes desenvolvimentos alimentam receios de um conflito maior.

Após a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, as milícias ditam a lei no país, em contexto de caos.

Neste cenário, a missão da ONU (Unsmil) anunciou hoje "a retirada temporária do seu pessoal da Líbia por razões de segurança".

Em comunicado, a Unsmil argumentou que "depois dos combates de domingo e do encerramento do aeroporto internacional de Tripoli, (...) concluiu[-se] que não seria possível continuar o trabalho (...) garantindo ao mesmo tempo a segurança do seu pessoal, ou a sua liberdade de movimentos".

O aeroporto de Tripoli foi encerrado no domingo por três dias, devido a confrontos iniciados por um ataque ao aeroporto por milícias islamitas, que procuravam expulsar as brigadas de ex-rebeldes que o controlam desde 2011.

Hoje à noite, o aeroporto foi novamente alvejado por "dezenas de mísseis", disse à AFP um responsável pela segurança do aeroporto, Al-Jilani al-Dahech, que não mencionou a existência de vítimas.

Uma dezena de aviões das companhias estatais líbias Afriqiyah Airways e Libyan Airlines tinha sido atingida pelos combates de domingo, segundo Al-Dahech.

Ao início da tarde de hoje, um fotógrafo da AFP constatou impactos de bala em vários aviões e viu viaturas calcinadas na zona de estacionamento, onde vários mísseis tinham caído no domingo.

O ataque ao aeroporto foi anulado no domingo pelos ex-rebeldes anti islamitas de Zenten, uma cidade a sudoeste de Tripoli.

Estas violências ocorrem em contexto de luta por influência, entre islamitas e liberais, em particular depois das eleições legislativas de 25 de junho, cujos resultados definitivos devem ser anunciados dentro de uma semana e que vários observadores esperam que sejam favoráveis à corrente liberal.

Os confrontos de domingo, que foram dos mais violentos na capital desde a queda de Kadhafi, causaram pelo menos seis mortos e 25 feridos.

RN // NS

Lusa/fim

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