Voluntários europeus e asiáticos participam em campo de trabalho em Uva, Vimioso

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Porto Canal / Agências

Vimioso, 11 jul (Lusa) - Um grupo de 21 voluntários oriundos de países europeus e asiáticos está a reocupar pombais tradicionais e outros edifícios rurais na aldeia de Uva, no concelho transmontano de Viminoso, permitindo a melhoria dos imóveis característicos da região.

O campo de trabalho, que se prolonga até ao próximo dia 18 julho, junta jovens oriundos de países com Espanha, França, Rússia, China, Coreia do Sul, Taiwan, Eslováquia, República Checa e Bélgica.

"Os principais objetivos do campo de trabalho internacional são a recuperação e valorização de edifícios rurais que são, também, património cultural, bem como a partilha de experiências entre diversas culturas", disse hoje à Lusa a responsável pela Palombar- Associação de Conservação da Natureza e Património Rural, Teresa Nóvoa.

O campo de trabalho é promovido pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e conta com a colaboração dos voluntários recrutados pela Palombar.

Deste modo, a Palombar pretende associar a descoberta de uma região ao trabalho em prol da preservação e da revitalização do meio ambiente.

Quem participa no campo de voluntariado internacional depressa se apercebe das características da região do planalto mirandês e das suas construções, como é caso dos pombais tradicionais.

Miguel Mundó, um voluntário vindo de Barcelona (Espanha), disse que nunca tinha visto tantos pombais e tão juntos o que confere à aldeia de Uva uma paisagem singular.

"Estou a gostar da experiência porque trabalho ao ar livre e estou a contribuir para a preservação do património cultural de uma região. É uma experiência única dentro das minhas férias de verão", acrescentou o jovem catalão.

Por seu lado, Kuei-Wen Huang vinda de Taiwan, refere que está viver uma experiência agradável e está a à descoberta de uma região única em Portugal.

"Trata-se de um campo de trabalho bastante interessente, já que tenho a oportunidade para além da descoberta do património e ao mesmo tempo conviver com gente diferente oriunda de vários países e continentes", acrescentou.

Os voluntários têm a oportunidade de aprender e experimentar todas as técnicas tradicionais de construção que fazem parte do processo, nomeadamente picar o reboco, preparar e aplicar a argamassa ou reparar o telhado.

"Os pombais tradicionais são mais do que património construído - são património cultural -, sendo também dada, durante os tempos livres, grande importância ao contacto dos participantes com os habitantes da aldeia e com a cultura da região, assim como à descoberta da incrível paisagem natural do Planalto Mirandês", afirmam os técnicos da Palombar.

Já Manuel Barros, diretor do IPDJ disse que se estar dar prioridade a este tipo de inibitivos realizados no interior dos pais porque já que são "projetos âncora", que vão, "seguramente" promover a atratividade e fixação de pessoas nestes territórios.

"O mundo rural só se poderá povoar se conseguirmos encontrar estratégias para fixar e atrair pessoas e estes ícones culturais como são os pombais tradicionais poderá ser um bom exemplo", concluiu.

Só na pequena aldeia de Uva há cerca de 40 destas construções, que em tempos permitiram o sustento de muitas famílias através da carne de pombo, ou do "pombinho", estrume de pombo, um fertilizante natural utlizado na agricultura.

FYP // MSP

Lusa/fim

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