Governação integrada é solução para problemas como o desemprego ou a pobreza - GovInt

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 08 jul (Lusa) -- O Fórum para a Governação Integrada (GovInt) arranca hoje com a primeira de uma série de conferências internacionais, defendendo que a governação integrada é a única fórmula de sucesso para os problemas complexos, como a pobreza extrema ou o desemprego jovem.

De acordo com a informação do próprio Fórum, o GovInt "é uma rede colaborativa informal de instituições públicas e privadas que entenderam cooperar para a reflexão e a ação no âmbito da resolução de problemas sociais complexos, através de modelos de governação integrada, que permitam maior eficácia e eficiência".

Nesta rede colaborativa estão o Instituto Padre António Vieira, responsável pelo secretariado executivo, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Montepio, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara Municipal de Braga, com o apoio institucional do ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador executivo do GovInt adiantou que o tema da conferência de hoje é a administração pública e problemas sociais complexos, estando previstos para o segundo dia, no sábado, uma série de 'workshops' sobre territórios vulneráveis, idosos solitários, pobreza extrema e pessoas sem-abrigo, desemprego jovem não qualificado, desemprego de longa duração em pessoas com mais de 45 anos e crianças e jovens em risco.

"Este evento conta com 600 participantes neste dois dias na Gulbenkian. Num primeiro momento tem a conferência propriamente dita com três convidados internacionais onde vamos ter oportunidade de perceber as perspetivas e boas práticas internacionais, por um exemplo, um projeto inglês que traz uma perspetiva integrada muito interessante sobre o trabalho com pessoas sem-abrigo numa perspetiva de resposta integrada", adiantou Rui Marques.

O responsável explicou que o objetivo é que aqueles "seis grandes temas" sejam discutidos com vista a haver maior conhecimento e maior ação.

"Os problemas complexos só podem ser resolvidos através de modelos de governação integrada, ou seja, em vez da solução de cada um na sua quinta em silos autónomos, nós precisamos de promover na sociedade portuguesa, envolvendo o Estado e a Sociedade civil, uma maior capacidade de ação integrada", defendeu Rui Marques.

Apontou como exemplo o caso do desemprego, sustentando que não é possível atacar um problema com esta complexidade deixando de fora a educação ou a economia, assim como as empresas e as organizações da sociedade civil, além do Estado e das áreas da economia ou da segurança social.

Segundo Rui Marques, os problemas não podem ser resolvidos de forma isolada e referiu que este modelo vem já a ser desenvolvido em vários países do mundo, como a Austrália ou a Nova Zelândia, mas também na Europa, como o Reino Unido a Finlândia, a Suécia ou a Dinamarca.

O coordenador executivo do GovInt referiu que este é um projeto a três anos, adiantando que, em 2015, será realizada outra conferência internacional.

Durante a conferência que começa hoje vão ser anunciados protocolos de cooperação com várias instituições de ensino superior, nomeadamente o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, a Universidade Católica de Lisboa e o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

SV // MAG

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