Crise no BES penaliza bolsas europeias e agrava juros da dívida

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Porto Canal

O agravamento da crise no BES, que viu hoje as suas ações serem suspensas, contaminou as principais praças europeias, que fecharam com quedas entre os 1,98% de Madrid e os 0,68% de Londres, e penalizou a dívida soberana.

O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, afundou 4,18% para 6.105,24 pontos, com todas as cotadas a fecharem no vermelho, enquanto o IBEX 35, principal índice da bolsa de Madrid, perdeu 1,98% para os 10.533,60 pontos.

O DAX 30, da bolsa de Frankfurt, caiu 1,52% para 9.659,13 pontos, o CAC 40, principal índice de Paris, recuou 1,34% para 4301,26 pontos e o FTSE 100, principal índice do mercado de ações de Londres, desceu 0,68%, fixando-se nos 6.672,37 pontos.

A negociação de títulos do Banco Espírito Santo (BES) foi suspensa pelo regulador do mercado esta manhã, quando o banco desvalorizava cerca de 17%, pouco depois de o Espírito Santo Financial Group (ESFG) anunciar a suspensão da negociação de ações e obrigações da empresa em Lisboa e no Luxemburgo.

A instabilidade penalizou também os juros da dívida portuguesa que subiam hoje, em todos os prazos, com os juros a 10 anos nos 3,985% (pelas 17:00 de Lisboa), acima dos 3,771% de quarta-feira.

O mesmo aconteceu com os juros da dívida espanhola, italiana e grega, com os mercados a reagirem com preocupação às irregularidades financeiras detetadas no grupo ao qual pertence o BES e o Espírito Santo Financial Group.

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