PS vai questionar Governo sobre a construção da barragem do Fridão

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Porto Canal / Agências

Mondim de Basto, 01 jul (Lusa) - O PS vai entregar um requerimento na Assembleia da República questionando o Governo sobre o "impasse" na construção da Barragem do Fridão e os motivos do atraso no arranque da obra.

O deputado socialista eleito pelo círculo de Vila Real Pedro Silva Pereira afirmou hoje à Lusa que a "inação" do Governo é "inexplicável" e um sinal de "desinteresse, desleixo e desrespeito".

O Aproveitamento Hidroelétrico de Fridão, Amarante, incluído no Plano Nacional de Barragens, vai afetar parte do concelho de Mondim de Basto.

Depois de emitida a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) e de apresentado o Relatório de Conformidade Ambiental (RECAPE), a EDP aguarda a emissão da licença definitiva para arrancar com as obras.

Pedro Silva Pereira considerou que a incerteza quanto ao início dos trabalhos cria angústia nas famílias, condiciona o planeamento urbanístico e adia investimentos associados à construção da barragem.

Na atual situação de desemprego, desinvestimento e emigração, sobretudo em regiões do interior, entendeu o deputado, a construção da barragem seria uma "mais-valia" para Mondim de Basto.

A EDP, disse, está "apenas" à espera da licença do Governo para iniciar a obra porque cumpriu com os requisitos exigidos.

"Num momento em que a recessão se agrava, a barragem era um novo impulso para a região e para o país", avançou.

Por este motivo, o PS vai entregar um requerimento no Parlamento para obter respostas quanto ao início da obra.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, referiu que se o atual executivo social-democrata continuar sem dar respostas avançar com uma ação judicial por causa dos prejuízos causados no concelho pelo "impasse" em que se encontra a construção da barragem.

"Esta indecisão por parte do Governo é muito prejudicial para a região", frisou o socialista.

O autarca revelou que a EDP reafirmou o interesse na construção da barragem, estando a aguardar a emissão da licença definitiva.

Humberto Cerqueira salientou que a EDP e o Governo assinaram um protocolo para a construção da variante de ligação entre Mondim de Basto e Celorico, obra "estruturante" para o concelho e aguardada há décadas, mas que continua por fazer devido ao "impasse".

O empreendimento hidroelétrico, explicou o autarca, vai obrigar ao realojamento de mais de 30 famílias que vivem "numa incerteza constante" quanto ao seu futuro, pois sabem que têm de abandonar as suas casas, mas não sabem quando.

Com uma elevada taxa de desemprego, Humberto Cerqueira relembrou que a barragem prevê criar mais de 1.000 postos de trabalho, o que seria um "forte" impulso à fixação de pessoas, nomeadamente jovens.

SYF // MSP

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