Coimbra, 04 jul (Lusa) - Uma ligação pedonal entre o Parque Verde do Mondego e a Universidade de Coimbra, com passagem pelo Jardim Botânico, vai ser construída até ao final de 2015, de acordo com o protocolo assinado hoje na Câmara de Coimbra.

A intervenção, segundo Manuel Machado, presidente do município (PS), vai permitir reabrir ao público a Mata do Jardim Botânico, encerrada há várias décadas, que é "uma parte da cidade até agora desconhecida para a maioria das pessoas".

"Esse acesso, que irá funcionar de sol a sol, tornará ainda visitável e usufruível uma cisterna medieval e uma capelinha de S. Bento", disse o autarca socialista, que intervinha na sessão solene do feriado municipal, na qual foi assinado o protocolo de cooperação entre a Câmara, a Universidade e a empresa Águas de Coimbra.

O percurso pedonal, cujo concurso público de construção deverá ser lançado até setembro, num investimento de cerca de 350 mil euros, através de fundos comunitários, permite a aproximação do Museu da Água, instalado no Parque Dr. Manuel Braga, ao Jardim Botânico, onde ainda existe a primeira cisterna de armazenamento de água para abastecimento da cidade.

O presidente do município de Coimbra assegurou que, nesta valorização do Jardim Botânico, "como elemento distinto do centro da cidade", a Câmara assume a intervenção financeira nos mecanismos de manutenção e de visita de todo espaço, ao mesmo tempo que garantirá também uma acessibilidade por minibus do Parque Verde à Universidade.

Para o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, a assinatura do protocolo "corresponde a algo que é muito relevante para a cidade [Jardim Botânico]", cuja utilização total nunca foi "verdadeiramente" possível devido ao encerramento da mata desde há muitos anos.

"O caminho pedonal vai criar uma alternativa muito aprazível, que permite à cidade ficar mais ligada e coesa", possibilitando à população ou aos visitantes ir da Baixa à Alta da cidade, sublinhou o reitor, que enquadrou esta intervenção com a requalificação em curso do Jardim Botânico, datado do século XVIII, que terá um investimento de dois milhões de euros.

A intervenção, que conta com fundos comunitários, prevê a requalificação da estufa, de um espaço para atividades pedagógicas, do percurso que liga o Jardim Botânico ao Paço das Escolas e a criação de um miradouro com vista para o rio Mondego, que deverão estar também concluídos no final de 2015.

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