Câmara denuncia esvaziamento da urgência de Macedo de Cavaleiros

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Porto Canal / Agências

Macedo de Cavaleiros, 03 jul (Lusa) -- A Câmara de Macedo de Cavaleiros acusou hoje os responsáveis pela saúde no Nordeste Transmontano de estarem a esvaziar o hospital local ao acabarem com a Medicina Interna na urgência desde 01 de julho.

A autarquia liderada pelo social-democrata Duarte Moreno divulgou hoje um comunicado em que manifesta "indignação e estupefação" com a decisão da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) de acabar com a especialidade no Serviço de Urgência Básica (SUB).

Contactada pela Lusa, a ULSNE confirmou, por escrito, que o único clínico desta especialidade alocado à SUB de Macedo de Cavaleiros deixou de dar apoio a este serviço para reforçar a escala global das urgências médico-cirúrgicas de Bragança e Mirandela.

A administração da ULSNE alega que os clínicos são mais necessários nestes serviços para onde acabam por ser encaminhados muitos dos casos que passam por Macedo de Cavaleiros por não existirem localmente todas as respostas necessárias.

A Câmara de Macedo de Cavaleiros acusa a administração da ULSNE de "deslealdade" e classifica de "uma afronta à população de Macedo de Cavaleiros e dos concelhos limítrofes" esta decisão que entende significar "a curto prazo um esvaziamento e a eliminação dos Internamentos" no hospital de Macedo de Cavaleiros por serem oriundos da urgência.

O município frisa que não aceita esta medida "porque o serviço de Medicina Interna é essencial e os números comprovam-no".

"Nos seis primeiros meses de 2014 foram atendidos pela Medicina Interna 1.406 pessoas, das quais 451 foram internadas na Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros", apontou.

A autarquia acusa a administração da ULSNE de "ao persistir na centralização de serviços em Bragança" estar a "aumentar os custos de transporte e a contrariar o reforço da prestação de serviços de proximidade aos utentes, a larga maioria idosos".

O município considera ainda que não se entende que havendo atualmente escala de internistas no hospital de Macedo de Cavaleiros, os médicos fiquem proibidos de prestar serviço na urgência que funciona no mesmo edifício.

"Estes e outros factos dão corpo a uma estratégia que ganha agora contornos surreais, que pretende o aniquilamento da Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros", conclui.

Num esclarecimento enviado à Lusa, a administração da ULSNE explica que "um SUB não inclui a especialidade de Medicina Interna" e que a "maioria dos utentes" desta urgência têm necessidade de cuidados especializados mais abrangentes, o que leva à sua transferência para outras unidades.,

O Conselho de Administração da ULS Nordeste informa que continuará "empenhado em assegurar a manutenção do papel fundamental" de Macedo de Cavaleiros na saúde da região, enumerando as especialidades do hospital local como a ortopedia, reabilitação, AVC (Acidentes Vasculares Cerebrais).

Manifesta ainda " a intenção de que o SUB de Macedo de Cavaleiros se mantenha em funcionamento" e refere que tem manifestado "junto de várias instâncias, a importância da manutenção do helicóptero" do INEM.

HFI // MSP

Lusa/fim

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