Primeira grande exposição de André Saraiva abre ao público na sexta-feira em Lisboa

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 03 jul (Lusa) -- A primeira grande exposição que reúne todo o trabalho do "graffiter" francês de origem portuguesa André Saraiva abre ao público na sexta-feira, no Museu do Design e da Moda (Mude), em Lisboa.

Apesar de ser "graffiter" e de a exposição no Mude estar repleta da personagem "Mr.A", que espalhou por paredes de todo o mundo, o que está exposto nas paredes do museu, de acordo com o próprio, "não é graffiti".

"Graffiti é mais performance, ação, acontece na rua, durante a noite e é proibido, implica correr um risco", esclareceu o artista, em declarações à Lusa, à margem da apresentação da exposição à comunicação social. E André Saraiva garantiu que ainda o faz.

Filho de portugueses, nascido na Suécia em 1971, André Saraiva começou fazer graffiti em 1985. Foi, porém, na década de 1990, que criou "Monsieur A" (Mr.A), uma personagem de cabeça redonda, olhos em X, com uns traços a fazerem de pernas e um sorriso rasgado, com a qual se tornaria conhecido e que espalhou em paredes de cidades de todo o mundo.

Na mostra é possível recordar projetos que André Saraiva desenvolveu ao longo dos anos, como o "Dream Concert" ("Concertos de sonho"), composto por cartazes de concertos fictícios de música, que o artista espalhou pelas ruas.

Um dos poucos trabalhos que André Saraiva deixou nas ruas de Lisboa também não foi esquecido: o mural da Associação Abraço que o "graffiter" pintou na década de 1990, numa parede das Amoreiras, perto de Campo de Ourique.

Com ou sem "Mr.A", André Saraiva tem colaborado com marcas internacionais de moda como a Louis Vuitton, a Levi's, a Chloé, a Chanel, a Cartier e a Givenchy,

Este artista tem ainda uma faceta de empresário. É proprietário do bar Le Baron, em Londres (Reino Unido), Nova Iorque (Estados Unidos), Tóquio (Japão) e Paris (França). E essa faceta está também presente na mostra, através de uma minicidade com prédios e luzes de néon.

Com esta exposição em Lisboa, André Saraiva terá ainda a possibilidade de trabalhar em azulejo, algo que "sempre quis fazer".

O mural, com cerca de 900 metros quadrados, será colocado no Jardim Boto Machado, junto à Feira da Ladra, terá um desenho "à volta de uma cidade que é um sonho, e uma mistura de Lisboa, Paris, Nova Iorque, discotecas e poesia", adiantou André Saraiva.

No Mude, é possível ver-se a maquete do mural, que "será pintado à mão", que contém elementos nacionais como o elevador de Santa Justa, um poema de Fernando Pessoa e uma garrafa de vinho.

De acordo com a diretora do Mude, Bárbara Coutinho, a "primeira secção do mural será colocada antes do final da exposição", que estará patente até 28 de setembro.

"Até ao final do primeiro semestre de 2015, o mural estará completo", anunciou.

Da exposição fazem ainda parte sete pranchas de surf brancas, desenhadas e produzidas por empresas portuguesas, e pintadas por André Saraiva, que vão integrar o espólio do museu.

A mostra, patente do piso 3 do museu, situado na rua Augusta, em Lisboa, é de entrada gratuita.

JRS // MAG

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