Atentado junto ao Palácio Presidencial do Egipto fez um morto e seis feridos
Porto Canal
Um coronel da polícia egípcia morreu e outras seis pessoas ficaram feridas na sequência da explosão de dois engenhos junto ao Palácio Presidencial no Cairo, disseram à AFP responsáveis da polícia.
A primeira explosão feriu três pessoas que passavam na zona mas a segunda bomba atingiu mortalmente um coronel da polícia e feriu três agentes das forças de segurança na altura em que procediam a buscas para detetar mais engenhos explosivos junto ao edifício do Palácio Presidencial.
Uma terceira bomba foi encontrada perto de um jardim mas acabou por ser desarmada pelas autoridades, segundo fontes do Ministério do Interior.
Assinala-se hoje o primeiro ano sobre o início das manifestações que acabaram por provocar a destituição do presidente Mohamed Morsi que era apoiado pela Irmandade Muçulmana.
O grupo extremista Ajnad Masr, que reivindicou nos últimos meses uma série de atentados na capital do Egito, ameaçou recentemente levar a cabo ataques na zona do palácio situado na zona ocidental do Cairo, mas descartou a possibilidade de utilizar engenhos explosivos para evitar atingir civis.
Na semana passada, duas pessoas morreram e seis ficaram feridas na sequência de explosões no metropolitano e junto a um tribunal da capital.
Em junho, as autoridades judiciais condenaram à morte 183 pessoas, entre elas o guia supremo da Irmandade Muçulmana e sentenciaram três jornalistas da estação de televisão Al-Jazira a penas entre os sete e os 10 anos de cadeia.
Os recentes atentados acontecem um mês após a eleição do ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi como chefe de Estado, com 96,7 por cento dos votos, depois de ter eliminado toda a oposição islâmica, laica e liberal.
Após a destituição do ex-presidente Morsi, polícias e soldados mataram 1.400 manifestantes que exigiam o regresso do antigo chefe de Estado, mais de 15 mil pessoas foram presas enquanto a Irmandade Muçulmana passou a ser designada "organização terrorista".
De acordo com o Governo, mais de 500 polícias e soldados foram vítimas de atentados de movimentos islâmicos, incluindo a própria Irmandade Muçulmana.