Entidades de Baião juntaram-se para salvar maior carvalhal da Península Ibérica

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Porto Canal / Agências

Baião, 28 jun (Lusa) - Salvar e estudar a maior mancha de carvalho alvarinho da Península Ibérica, situada em Baião, juntou três entidades, que criaram um centro de interpretação ambiental.

Uma escola, uma autarquia e uma associação ambientalista, parceiras no projeto, disseram à Lusa que estão reunidas agora as condições para concertar medidas de preservação e divulgação do carvalhal da Reixela, como é designado.

"É um ecossistema muito importante para Baião e até para o país, mas tem de ser preservado, acima de qualquer divulgação", disse à Lusa Dora Pinto, presidente da Ecosimbioses, Associação Ambiental de Baião.

A ambientalista sublinhou que aquela mancha florestal, com cerca de 15 hectares, a cerca de quatro quilómetros da sede do concelho, é "o último carvalhal autóctone do país".

A floresta, frisou ainda, agrega uma biodiversidade "muito rica" e "um grande potencial pedagógico e didático para a formação dos jovens".

Apesar disso, para Dora Pinto, "tem de haver equilíbrio entre a dinamização e a preservação do espaço, que é muito frágil, na fauna e na flora, e pela importância na fertilização dos solos e reprodução das espécies".

O Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil também integra a parceria, explicando o seu docente Rui Mendes que "a ideia de criar um centro de interpretação surgiu há três anos, no estabelecimento".

Para o carvalhal estão previstos vários projetos, incluindo acordos com universidades e projetos internacionais na área da investigação.

"Estamos a estabelecer parcerias que vão permitir o estudo mais aprofundado da fauna e da flora", avançou à Lusa o docente.

O estabelecimento de ensino preparou programas específicos para a utilização do carvalhal, em termos pedagógicos. Na escola vai ser lecionada uma disciplina específica em que os alunos terão "laboratórios vivos".

"Vamos ter aulas práticas que vão decorrer no carvalhal e levar os alunos do secundário a participar em laboratórios vivos", explicou.

Também para os alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo estão programadas atividades lúdicas e trabalhos práticos.

O Centro de Interpretação Ambiental da Reixela também se propõe envolver os proprietários dos terrenos.

"Cerca de 85% do carvalhal pertence a duas irmãs. Têm uma paixão incrível pelo carvalhal, e ficaram deliciadas quando lhes foi proposto um protocolo que visava a preservação daquele espaço", contou Rui Mendes.

O centro vai contactar os restantes proprietários para celebrar protocolos que permitam a administração de toda a área do carvalhal.

Para Paulo Pereira, vice-presidente da Câmara de Baião, o projeto vai valorizar o concelho e a região.

"Se juntarmos a esta iniciativa todas as outras que decorrem no concelho ao longo do ano, vamos ter uma valorização do daquilo que de bom se faz no concelho", sublinhou, frisando o apoio do município.

O projeto prevê um percurso pedestre que permitirá conhecer a biodiversidade existente.

A parceria assenta num protocolo celebrado entre as três entidades, que prevê apoio financeiro da autarquia ao longo de cinco anos.

Limpeza, conservação, desenvolvimento de uma página na Internet e candidaturas a programas nacionais e internacionais são algumas das competências do novo centro.

APM // JGJ

Lusa/fim

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