Presidente venezuelano anuncia "revisão exaustiva" e "reestruturação" do governo

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Porto Canal / Agências

Caracas, 28 jun (Lusa) - O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, esta sexta-feira, que pretende realizar, na primeira quinzena de julho, uma "exaustiva revisão" e uma "reestruturação global" do seu Governo.

"De 01 a 15 de julho vamos (levar a cabo) uma revisão exaustiva do Governo nacional, dos mecanismos de funcionamento. Vamos rever a execução do orçamento, ministério por ministério, projeto por projeto, meta por meta. Vamos (realizar) uma reestruturação global do Governo e do seu sistema para articulá-lo com eficiência e honestidade máximas", disse Nicolás Maduro.

O Presidente venezuelano, que falava no palácio presidencial de Miraflores, durante um ato oficial, destacou, por outro lado, que a reestruturação conduzirá a "um sistema de governo cada vez mais vinculado ao povo que trabalha e protagoniza o processo revolucionário na Venezuela".

São "15 dias para rever e dizer ao país toda a verdade, reestruturar e mudar tudo o que houver que reestruturar e mudar. A revolução tem que ser mudança e reestruturação permanentes, até que consigamos os níveis de eficiência em trabalho, para responder ao povo, que é o mais importante", sustentou.

O anúncio da "reestruturação global" do Governo venezuelano tem lugar dez dias depois de Nicolás Maduro ter anunciado mudanças no seu gabinete, que incluíram a saída do Ministério do Planeamento de Jorge Giordani, um marxista ortodoxo que denunciou a alegada existência de corrupção numa carta e questionou a sua liderança e cedência a interesses capitalistas.

Vários membros da direção do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) solidarizaram-se com Jorge Giordani, questionando o seu afastamento e exigindo respostas às denúncias de corrupção, incluindo o ex-ministro da Educação Superior, Héctor Navarro, expulso daquela formação partidária.

Esta sexta-feira, o próprio Presidente venezuelano fez referência a essas posições divergentes, que a imprensa venezuelana diz ter causado fissuras no seio do 'chavismo', insistindo que o mais importante é "reunificar as forças revolucionárias, cuidar e construir lealdades coletivas com o legado do comandante (Hugo) Chávez".

"Pedi para virarem a página das brigas", "com cartas para cá e cartas para lá", afirmou Maduro, acrescentando: "Já dissemos tudo o que tínhamos para dizer. Agora as mãos (estão) estendidas e o abraço pronto para ser dado a todos os companheiros".

FPG // DM.

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